O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou a necessidade de o governo investir na vacinação em massa da população, mas defendeu o direito de os brasileiros poderem escolher na hora da imunização. “Como brasileiros, temos o direito de escolher se vamos tomar vacina e o direito de escolher qual delas tomar", afirmou.
O chefe da equipe econômica afirmou que o governo ‘tem obrigação” de comprar vacinas para todos os brasileiros, e de todos os fabricantes, e deixar a decisão para o cidadão sobre qual ele quer receber. “Eu quero escolher qual vacina eu vou tomar”, afirmou Guedes nesta sexta-feira (16/12), durante balanço da pasta feito pela internet. Ele também defendeu uma espécie de passaporte de imunização para acesso a locais públicos para os vacinados.
Guedes indicou que pretende tomar a vacina que for utilizada por outras "economias extraordinariamente avançadas", já que tem 71 anos e está no grupo de risco da covid-19, mas vem conseguindo driblar a doença.
Ele também admitiu que “gente amiga, pessoas próximas e parentes” foram atingidas pela pandemia e que, por isso, tem buscado se cuidar para evitar o novo coronavírus, mesmo diante do ritmo intenso de trabalho de Brasília, que já acabou favorecendo a contaminação de outros integrantes do governo. Depois, soltou: "Acho que já falei demais. Como cidadão e liberal, tenho direito à privacidade, quanto a se vou tomar ou não e qual vou tomar”, reforçou.
Passaporte
Apesar de defender a vacinação voluntária, Guedes mostrou-se favorável ao passaporte da imunidade, isto é, medidas que impeçam a entrada de pessoas não vacinadas em certos lugares públicos, como shopping centers, para evitar a contaminação de outras pessoas pela covid-19.
"A vacina é para todo mundo, gratuita e de livre escolha. Se não quiser tomar, não tem o dever de tomar. Agora, também não pode ir para o cinema, tem que ter uma circulação restrita", declarou. O ministro explicou que seria possível cobrar o comprovante da vacina na entrada dos shoppings e dos locais de trabalho, por exemplo. E lembrou que outros países já discutiram essa ideia do passaporte da imunização e defendeu uma parceria com a iniciativa privada nesse sentido.
No encerramento da conversa com os jornalistas, Guedes ainda desejou “saúde e vacinação para todos”.
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