Covid-19

Vacinação é o capítulo mais importante na luta contra a pandemia, diz Guedes

Imunização em massa vai garantir retorno seguro ao trabalho e permitir a recuperação mais forte da atividade econômica, segundo o ministro. Ele disse que o governo vai oferecer todas as vacinas disponíveis, mas que a vacinação não será obrigatória

Marina Barbosa
Rosana Hessel
postado em 18/12/2020 12:04 / atualizado em 18/12/2020 12:14
 (crédito: AFP / EVARISTO SA)
(crédito: AFP / EVARISTO SA)

Apesar das críticas do presidente Jair Bolsonaro à vacinação obrigatória contra a covid-19, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a vacinação em massa será o capítulo mais importante da luta contra a pandemia e o principal obstáculo a ser vencido para que a atividade econômica tenha uma recuperação mais forte.

“A pandemia não foi vencida ainda. O capítulo mais importante vem agora, que é a vacinação em massa", disse Guedes, nesta sexta-feira (18/12), durante uma apresentação do balanço anual do Ministério da Economia, pela internet. Ele citou a medida provisória divulgada ontem liberando R$ 20 bilhões para a vacinação.

O chefe da equipe econômica argumentou que, para se recuperar da crise sanitária e da crise econômica provocadas pela pandemia de covid-19, o Brasil precisa voar com "as duas asas simultaneamente": "a asa da recuperação econômica, que está a caminho, e a asa da saúde, com a vacinação em massa". Nessa analogia, citou erroneamente “o prefeito de Florianópolis” (Gean Marques Loureiro) como autor da frase quando, na verdade, a declaração foi do prefeito de Curitiba, Rafael Greca.

"A grande esperança é a vacinação em massa, para garantir o retorno seguro ao trabalho. Aí o Brasil vai bater as duas asas e vai voar", reforçou.

Guedes ainda garantiu que o governo vai disponibilizar todas as vacinas disponíveis para a população brasileira. Porém, ressaltou que a imunização não será obrigatória, para não destoar tanto do discurso do presidente Jair Bolsonaro, que não poupa críticas à vacina contra a covid-19, sobretudo à chinesa Coronavac.

O ministro, no entanto, não apoiou a obrigatoriedade. "É vacinação voluntária. O que o governo vai fazer é disponibilizar todas as vacinas para a população de forma voluntária e gratuita para qualquer brasileiro. Pode escolher a vacina que ele quer tomar. Não paga pela vacina e escolhe a vacina, se quiser tomar essa vacinação gratuita de forma voluntária", ressaltou.

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