No terceiro trimestre do ano, a despesa de consumo das famílias teve expansão de 7,6%, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (3/12), que anunciou alta de 7,7% no PIB brasileiro no terceiro trimestre do ano em relação ao período imediatamente anterior.
No entanto, quando se compara com o mesmo período de 2019, foi registrada queda no setor, pelo terceiro trimestre seguido (-6%), influenciada pela pandemia de covid-19 que, além de afetar negativamente o mercado de trabalho, provocou redução na oferta e na demanda de serviços com peso relevante no consumo das famílias.
“Os serviços caíram 9,4% no segundo trimestre e agora cresceram 6,3% no terceiro trimestre. Mas não recuperou o patamar do primeiro trimestre, porque houve uma queda tanto na oferta quanto na demanda. Mesmo tendo sido retiradas as restrições de funcionamento, as pessoas ainda ficam receosas para consumir, principalmente os serviços prestados às famílias, como alojamento, alimentação, cinemas, academias e salões de beleza. O desempenho melhorou em relação ao segundo trimestre, mas ainda não voltou aos patamares antes da pandemia”, destaca a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Pela ótica da despesa, o que mais pesa é o consumo das famílias (65%), que teve expansão de 7,6%, num patamar muito parecido com o do PIB, destaca Rebeca. Ela observa que o indicador havia caído 11,3% no segundo trimestre, mas, no terceiro, o consumo de bens subiu bastante — especialmente bens duráveis e bens alimentícios da cadeia agroalimentar. “O consumo de serviços teve crescimento, mas foi bem menor do que a queda anterior, pois as famílias não voltaram a consumir no patamar anterior à pandemia”, ressalta Rebeca.
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