A retomada da geração de empregos atingiu o quarto mês consecutivo em outubro. Segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) foram abertas 394.989 vagas com carteira assinada no mês, resultado de 1.548.628 admissões e de 1.153.639 desligamentos. No acumulado do ano, ainda há perda de 171.139 postos de trabalho formais.
O resultado é o melhor não apenas para 2020 como também da história, de acordo com o Ministério da Economia, que divulgou os dados nesta quinta-feira (26/11). “O desempenho reforça a retomada da economia brasileira após os efeitos econômicos gerados pela pandemia de covid-19”, afirmou a pasta. "Tivemos uma notícia favorável hoje. Neste mês de outubro de 2020, geramos mais empregos desde 1992, quase 394 mil postos de trabalho, em ritmo de crescimento em V”, comemorou o ministro da Economia, Paulo Guedes.
O estoque, que é a quantidade total de vínculos ativos, em outubro, chegou a 38.638.484, variação de 1,03% em relação ao estoque do mês anterior. No acumulado do ano, apesar do saldo negativo em 171.139, decorrente de 12.231.462 admissões e de 12.402.601 desligamentos, o país perdeu menos empregos em 2020 do que nas crises de 2015 e 2016. “Com isso é possível que a gente chegue no fim do ano com saldo zero de empregos formais”, estimou o ministro.
Setor de Serviços
Dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas, quatro tiveram saldo positivo no emprego em outubro. O principal foi o setor de Serviços, que abriu 156.766 novas vagas. No Comércio foram criados 115.647 postos; na Indústria, 86.426; na Construção, 36.296.
Guedes lembrou que, desde julho, o país vem gerando empregos: 139 mil em julho; 240 mil em agosto; 313 mil em setembro; e, em outubro, quase 395 mil. “O ano de 2020 será marcado pela pandemia, que atingiu tragicamente as famílias brasileiras, derrubou os empregos. Mas reagimos com resiliência. Soubemos manter a economia girando para proteger as nossas empresas e podemos terminar o ano com saldo zero de perdas de empregos no mercado formal”, disse.
O ministro afirmou, ainda, que o Benefício de Auxílio Emergencial (BEM) ajudou no processo de manutenção dos empregos. “Foram quase 20 milhões de contratos, protegendo mais de 10 milhões de empregos. Agora, ligamos a máquina de criar de novo”, acrescentou Guedes.