A arrecadação do governo federal, em outubro, foi de R$ 153,9 bilhões, com alta real (descontada a inflação) de 9,56% em relação ao mesmo mês de 2019. De janeiro a outubro, contudo, o montante de 2020, R$ 1,18 trilhão, foi 9,45% menor que o do mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal. Em relação a setembro de 2020, quando entraram nos cofres da União R$ 119,8 bilhões, houve avanço de 27,37%.
Quando se compara outubro de 2020 com igual mês de 2019, de acordo com o Fisco, interferiram para o resultado o comportamento das principais variáveis macroeconômicas que afetam a arrecadação, especialmente relacionadas com o consumo, produção industrial e importações tributáveis, e também o crescimento nominal de 56,77% no volume de compensações tributárias.
Adiamento de tributos
Também tiveram impacto a redução a zero das alíquotas do IOF nas operações de crédito (Decreto 10.504/20), com efeitos na arrecadação a partir de abril. Além do crescimento real de 17,97% da arrecadação do IRPJ/CSLL; e o crescimento de 87,10%, em relação a outubro de 2019, dos valores compensados.
E também o adiamento de tributos — especialmente do ajuste do IRPF (IN 1.934/20), do PIS/Pasep, Cofins e Contribuição Previdenciária Patronal (Portarias ME 139 e 245/20), do Simples Nacional (Resolução CGSN 154/20) e dos Parcelamentos Especiais (Portaria ME 201/20), informa a Receita.