O dólar opera em baixa no mercado doméstico nesta quarta-feira, 4, pressionado pela inversão do sinal para baixo do índice do dólar DXY ante seis pares principais e uma desaceleração das altas frente divisas emergentes e ligadas a commodities.
Os ajustes refletem incertezas sobre o resultado da eleição americana, que tem apuração acirrada mostrando que as pesquisas recentes e projeções de especialistas podem ter subestimado novamente Donald Trump, uma vez que apontavam maiores chances de vitória do democrata Joe Biden. De todo modo, a perspectiva é de que, independentemente de quem saia vencedor, tendem a ser injetados mais estímulos fiscais na economia americana. A diferença é que o montante dos novos estímulos "poderia ser maior em caso de uma vitória democrata.
O resultado da corrida presidencial é "pouco claro" e deve ainda levar dias - ou até semanas - para ser conhecido, diz o chefe de estratégia do JPMorgan, John Normand, em comentário a clientes. Pesa, sobretudo, conforme ele, a proximidade dos votos no colégio eleitoral, que determina o vencedor. Enquanto o democrata Joe Biden tinha 238 votos o republicano somava 213, conforme atualização dos dados na manhã de hoje. Para ficar com a Casa Branca, o ganhador precisa de 270 votos.
No mercado interno, os investidores repercutem positivamente nas mesas de operação a aprovação do texto-base da autonomia do Banco Central no Senado, que agora segue para a Câmara. As altas de 2,6% da produção industrial em setembro ante agosto e de 3,4% ante setembro de 2019 são bem recebidas também, por sinalizar retomada da economia.
Às 9h34, o dólar à vista caía 0,97%, a R$ 5,7065. O dólar futuro para dezembro recuava 0,89%, a R$ 5,7115.