O crédito consignado para beneficiários do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) com aposentadorias ou pensões teve a maior alta da modalidade. De R$ 148 bilhões em setembro, o saldo passou para R$ 155 bilhões em outubro, com crescimento de 5,2%. A concessão, no entanto, disparou 65,3%, de R$ 7,4 bilhões em setembro para R$ 12,2 bilhões em outubro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27/11), pelo Banco Central (BC).
Segundo o chefe do Departamento de Estatística do BC, Fernando Rocha, o crescimento de 5,2% na modalidade para aposentados é bastante elevado. O saldo do consignado para servidores públicos passou de R$ 240,7 bilhões para R$ 243,4 bilhões no mesmo período, alta de 1,1%. No setor privado, a elevação foi de 0,5%, de R$ 24,2 bilhões para R$ 24,3 bilhões.
Houve queda nas concessões de crédito consignado, tanto para servidores públicos, com recuo de 16,8%, de R$ 11,9 bilhões em setembro para R$ 9,9 bilhões em outubro, quanto para trabalhadores privados, de R$ 1,21 bilhões para R$ 1,98 bilhões (-1%). Por isso, as concessões de consignado para aposentados destoam tanto. “Sempre foram de uma média de R$ 8,2 bilhões por mês. Uma causa possível para o crescimento atípico de mais de 65%, é a medida regulatória que aumentou a margem consignável, de 30% para 35% com carência de 90 dias para pagamento da primeira parcela”, explicou Rocha.
Demanda
Conforme ele, como a medida aumentou o total do crédito consignado que pode ser ofertado, houve mais demanda. “Tendo acesso a um crédito adicional, ao longo do tempo, os usuários que pegaram crédito no passado e foram pagando suas dívidas, são estimulados a pegar mais crédito”, afirmou.
Os créditos não consignados também tiveram aceleração no crescimento, de 2,1% em setembro para 2,4% em outubro. “Acima do ritmo dos demais meses do ano. O crescimento anual foi de 11%, um nível elevado”, disse Rocha. No último trimestre, sempre acima de R$ 10 bilhões: R$ 10,2 bilhões em agosto, R$ 11,6 bilhões em setembro e R$ 10,8 bilhões em outubro.
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