O Banco Central (BC) realizou, ontem, o balanço do primeiro dia de operações restritas do Pix. Ângelo Duarte e Carlos Eduardo Brandt, respectivamente chefe e chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, informaram que 1.570 transações pelo novo método foram realizadas entre 9h e 17h, com valor médio de R$ 90 por operação. Todos os usuários estão disponíveis para receber dinheiro pelo Pix, mas apenas os selecionados podem enviar.
Nesta fase restrita, as instituições financeiras devem escolher entre 1% e 5% de seus usuários para realizar transações na nova plataforma. A seleção de usuários feita pelas instituições deve ser baseada em critérios definidos pelo BC, como aspectos geográficos e perfil etário. Essa quantidade mínima de clientes ficou apta para enviar dinheiro a outros usuários com chaves cadastradas.
“A quantidade limitada de clientes é justamente para que todos possam terminar todo processo de acionamento do sistema com a maior tranquilidade possível, e impactando a menor quantidade de agentes”, explicou Brandt. Duarte acrescentou que, a partir do dia 16, essa operação pode atingir 100% dos usuários.
O funcionamento pleno começa no próximo dia 16, a partir das 9h, sem interrupções. A nova modalidade permite transações bancárias em menos de 10 segundos, qualquer hora do dia, sete dias por semana. Mas, nesta fase de testes, entre sábado e quarta-feira o Pix funciona das 9h às 22h; na quinta-feira, entre 9h e meia-noite; na sexta-feira, da meia-noite às 22h.
60 milhões de chaves
Segundo o balanço dado pelo BC, o Pix possui mais de 60 milhões de chaves cadastradas e, somente ontem, 2.240.666 milhões de outras novas foram feitas. Levantamento da autoridade monetária também registrou 25 milhões de pessoas cadastradas. Uma mesma pessoa pode ter várias chaves, em várias contas.
“Esse foi o momento para as instituições testarem e ajustarem os problemas, e fazerem as correções necessárias. Problemas são normais nesse processo e entendemos isso”, explicou Duarte. O sistema do Pix já prevê que até 1% das ações podem exceder o tempo de 10 segundos para completar a transação. “É esperado que, no primeiro dia, algumas transações demorem mais do que o desejável”, disse Brandt, acrescentando que, apesar disso, 50% das transações duraram seis segundos e os resultados estavam “dentro das expectativas”.
Duarte disse que “o Banco Central está plenamente satisfeito com esse primeiro dia e tão seguro que, ao longo dos próximos dias, o número de operações vai crescer bastante”.
Luiz de Carvalho, de 34 anos, morador de São Paulo, foi um dos selecionados pelo banco em que é correntista para participar do primeiro dia de operação. Ressaltou que a experiência “foi ótima” e cumpriu o prometido. “Foi muito intuitivo. Foi muito rápido, menos de 10 segundos”, disse.
Já Gabriel Estevam, de 24 anos, contou que se cadastrou na plataforma em outubro. E disse que não encontrou dificuldades. “Na verdade, é bem semelhante ao que já acontece com o TED e o DOC. Não tive nenhuma dificuldade”, garantiu.
*Estagiárias sob supervisão de Fabio Grecchi
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