PAGAMENTOS

Pix: Quase 25 milhões de cadastros só na primeira semana

Das 9h de segunda-feira (5/10) até as 18h desta sexta-feira (9/10), 24,821 milhões de chaves foram registradas no Pix

A primeira semana de cadastro no Pix está chegando ao fim com quase 25 milhões de chaves registradas no sistema de pagamentos instantâneos brasileiro. O volume surpreendeu até o Banco Central (BC), que, no entanto, garante estar com o sistema pronto para atender todo esse tráfego de cadastros e pagamentos sem mais nenhum contratempo.

Dados do Banco Central revelam que, das 9h de segunda-feira (5/10) até as 18h desta sexta-feira (9/10), 24,821 milhões de chaves foram registradas no Pix, o sistema de pagamentos instantâneos brasileiro que começa a operar em 16 de novembro. "Consideramos que os números são expressivos e demonstram grande disposição da população em utilizar o Pix", comentou o chefe adjunto do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do BC, Carlos Eduardo Brandt.

Ele lembrou, por sua vez, que esse número deve continuar subindo. É que 695 instituições financeiras já estão aptas a realizar um Pix, mas ainda tem instituição se adaptando ao sistema e que, portanto, ainda vai dar início ao cadastro das chaves Pix dos seus clientes. Ao todo, 922 instituições deram início ao processo de entrada no Pix, entre bancos, empresas de pagamento, fintechs, cooperativas, financeiras, entre outros. "Todos esses números nos dizem que há clara demonstração de interesse dos usuários que demandarão o serviço e também das empresas que ofertarão o Pix", completou Brandt.

Instabilidade

A possibilidade de fazer pagamentos instantâneos de forma simples e barata tem despertado o interesse de tantos brasileiros que, no primeiro dia de cadastros, os aplicativos bancários e o sistema de registro das chaves Pix ficaram instáveis. O BC garante, por sua vez, que o sistema já está apto a continuar com os cadastros e a realizar os pagamentos instantâneos sem mais nenhum contratempo a partir de 16 de novembro.

Assessora do Decem, Mayara Yano alegou que a "instabilidade pontual" observada na segunda-feira é "algo bastante normal em um processo de implantação de sistemas complexos". E garantiu que "tudo foi rapidamente endereçado" pelo BC e pelos bancos brasileiros.

"Todos os sistemas envolvidos, tanto do Banco Central quanto das instituições financeiras, passaram por rigorosos testes operacionais e por testes de carga e foram homologados para um funcionamento suave e seguro do Pix. Todos os ajustes iniciais foram realizados rapidamente ainda no primeiro dia e não há motivos para preocupações de termos reincidência daquela instabilidade", garantiu Mayara. Ela assegurou ainda que "não há motivos para preocupações de termos reincidência daquela instabilidade".

Brandt acrescentou que o sistema de pagamentos instantâneos "foi concebido para suportar altíssimo tráfego, com capacidade para tratar, inclusive, um volume bem maior do que o tráfego atual". Além disso, "a capacidade do sistema é escalável, o que significa que conseguimos aumentar a sua capacidade de processamento de forma simples e rápida. Tudo isso para atender bem a demanda da população, qualquer que seja sua intensidade", acrescentou. Ele ainda disse que, apesar de os aplicativos bancários terem ficado fora do ar em boa parte da segunda-feira, "até o momento, não houve nenhuma necessidade de aumento da capacidade em razão do fluxo de registro de chaves verificado nos primeiros dias".

 

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