Aquisição

BTG Pactual compra Necton Investimentos por R$ 348 milhões

Corretora tem R$ 16 bilhões em ativos. O negócio é mais um exemplo do momento de consolidação do mercado para o investidor de varejo do Brasil

Simone Kafruni
postado em 26/10/2020 10:40
André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, comprada pelo BTG Pactual  -  (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press - 14/12/16)
André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, comprada pelo BTG Pactual - (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press - 14/12/16)

O BTG Pactual comprou 100% da Necton Investimentos, por R$ 348 milhões, conforme comunicado divulgado nesta segunda-feira (26/10). A Necton tem mais de 40 mil clientes e R$ 16,1 bilhões em ativos sob custódia.

“Esta aquisição faz parte da estratégia de expansão do BTG PActual no segmento de varejo de investimentos. A intenção do Banco é manter a marca e operação independentes. A conclusão e fechamento da operação estão sujeitos à verificação de determinadas condições precedentes, incluindo a obtenção de todas as aprovações regulatórias necessárias, inclusive do Banco Central do Brasil”, informou o comunicado do BTG.

O movimento mostra a consolidação do mercado para o investidor de varejo no Brasil. O país está no piso histórica das taxas de juros básicos e isso tirou a atratividade da renda fixa, o que levou o investidor a buscar rentabilidade em outros produtos, sobretudo no mercado de capitais. Além disso, a digitalização simplificou os processos e abriu as ferramentas de investimento.

De olho no crescimento deste nicho de mercado, o BTG criou o BTG Digital, operação para o investidor de varejo, que tinha R$ 120 bilhões em ativos em agosto, antes da aquisição da Necton, o que vem reforçar o segmento de varejo do banco. O total sob gestão do BTG Pactual supera a casa de R$ 500 bilhões.

Há um mês, o banco anunciou o lançamento do BTG+, um banco digital de varejo com serviço completo para pessoas físicas; e o BTG+ Business, dedicado à oferta de produtos e serviços para pequenas e médias empresas (PMEs). O objetivo é oferecer um serviço completo para o cliente, de modo que ele faça uso recorrente e diversificado dos produtos do banco.

A Necton, cujo economista-chefe é André Perfeito, nasceu há dois anos da fusão de duas corretoras tradicionais, a Spinelli e a Concórdia. Entre os principais acionistas estão Nelson Spinelli, que emprestava o sobrenome à antiga casa, e Luiz Fernando Furlan, ex-ministro do Desenvolvimento, da família que era dona da Concórdia e da Sadia, hoje parte da BRF Outros sócios da Necton são o CEO, Marcos Maluf, e o diretor de Distribuição, Rafael Giovani.

 

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