A prévia da inflação mais do que dobrou neste mês por conta da alta dos alimentos e dos transportes. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acelerou de 0,45% para 0,94% em outubro. É a maior alta para o mês desde 1995.
A alta da inflação vem sendo sentida pelos brasileiros há algum tempo, mas acelerou neste mês. E reflete, sobretudo, o encarecimento da alimentação no domicílio. De acordo com o IBGE, comer em casa está 2,95% mais caro do que em setembro, quando já havia sofrido um aumento de 1,96%.
Isso é fruto da alta de alimentos que são essenciais para a mesa dos brasileiros, como as carnes (4,83%), o óleo de soja (22,34%), o arroz (18,48%) e o leite longa vida (4,26%), que vêm sendo afetados pelo aumento do dólar e das exportações brasileiras. Tanto que, recentemente, o governo decidiu zerar a tarifa de importação do arroz, da soja e do milho para tentar aumentar a oferta e baixar os preços desses produtos no mercado doméstico.
Os alimentos para consumo fora do domicílio, contudo, também subiram neste mês. A alta foi de 0,54% e ocorre em meio à retomada dos bares e restaurantes. Por isso, o grupo de alimentação e bebidas registrou uma inflação de 2,24% no IPCA-15 em outubro.
Brasília
A prévia inflação também foi pressionada pelos transportes, pois as passagens aéreas subiram 39,90% com o retorno do movimento nos aeroportos e a gasolina subiu pela quarto mês consecutivo, ficando 0,85% mais cara. Ainda houve altas nos artigos de residência (1,41%), vestuário (0,84%), habitação (0,4%), saúde e cuidados pessoais (0,28%), comunicação (0,23%) e despesas pessoais (0,14%). Ou seja, só as despesas com educação variaram para baixo no início deste mês (-0,02%).
Por conta dessa alta generalizada de preços, a prévia da inflação subiu em todas as regiões pesquisadas pelo IBGE. Em Brasília, por exemplo, a alta foi de 0,89%, um pouco abaixo da média nacional de 0,94%. Com isso, o IPCA-15 também alcançou uma alta de 2,31% no acumulado do ano e de 3,52% no acumulado dos últimos 12 meses.
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