ENERGIA

Privatização: PDV da CEB começa em 1º de outubro

O processo de venda será acompanhado por um plano de demissão voluntária (PDV), que deve atingir 120 funcionários

O mercado de ações deve revelar, hoje, as expectativas dos investidores com o anúncio de venda da subsidiária de distribuição da Companhia Energética de Brasília (CEB-D) pelo preço mínimo de R$ 1,4 bilhão. O comunicado saiu no sábado, fora do horário de pregão na Bolsa de Valores (B3). A alienação ocorre num momento em que os papéis da empresa operam em alta, na direção contrária do Ibovespa. Enquanto as ações ordinárias — que dão direito a voto — têm alta acumulada de 78,03%, nos últimos 12 meses, o índice que mede a lucratividade dos papeis mais negociados na B3 amargou queda de 7,89%, no mesmo período.

O processo de venda será acompanhado por um plano de demissão voluntária (PDV), que deve atingir 120 funcionários. A opção começa a valer em 1º de outubro. De um quadro com cerca de 900 empregados, o público-alvo do acordo são aqueles com mais de 30 anos de casa e que acumulam concessões como incorporação de anuênios ou acréscimos em função de cargo comissionado.

Os interessados em aderir terão direito à rescisão com indenização no valor de 70% do salário por dois anos. A companhia também pagará aviso-prévio integral e 40% de multa sobre o FGTS. A expectativa é de alcançar os servidores que se aposentarão em até dois anos, após o fechamento do acordo. Com a demissão voluntária e a incorporação de 100 empregados da distribuidora pela CEB Holding, a empresa espera uma redução de 25% na folha de pagamento. Atualmente, a CEB-D acumula dívidas de cerca de R$ 865 milhões.

No sábado, o Correio apurou que, ao menos, seis empresas devem disputar o controle da companhia: CPFL, Neoenergia, Equatorial, Energisa, Enel e EDP.