“Os eleitores estão de acordo com o abandono da agenda liberal por Bolsonaro. Está longe o dia em que o liberalismo econômico vingará no país”
Os brasileiros não ligam para a agenda liberal?
É curioso notar como o aumento da popularidade de Jair Bolsonaro, que atingiu nesta semana o patamar mais alto desde o início do mandato, está de alguma forma ligado ao abandono da agenda liberal. O presidente tem defendido o aumento dos investimentos públicos em obras, o que é típico dos desenvolvimentistas; silenciou sobre as privatizações, que não avançaram na atual administração; parece indiferente às reformas fiscais, indispensáveis para desatar o nó tributário que sufoca as empresas; e deixou de pregar o respeito ao teto de gastos, essencial para a saúde das finanças públicas. Os eleitores, pelo visto, estão de acordo –– é isso o que captaram as recentes pesquisas de opinião sobre o desempenho de Bolsonaro. A conclusão não poderia ser outra: está longe o dia em que o liberalismo econômico vingará no país. De um jeito ou de outro, o populismo com fins eleitorais sempre acaba vencendo.
Os destinos preferidos para as viagens de fim de ano
A Decolar, maior empresa de viagens da América Latina, fez um levantamento sobre os destinos mais procurados para o fim de ano. Um aspecto chama atenção: segundo a operadora, as buscas superam o padrão médio para o período, o que seria um sinal da retomada. Em Brasília, os destinos nacionais mais buscados são Rio de Janeiro e Maceió. Entre os internacionais, a preferência é por Miami e Cancún. Já os mineiros querem viajar para Porto Seguro e Rio de Janeiro. No exterior, Buenos Aires e Cancún.
Videogames por assinatura
Os serviços de streaming não param de avançar. A nova onda são os videogames por assinatura, que deverão criar novo e gigantesco mercado. Nesta semana, a Amazon anunciou o serviço de jogos Luna, que permitirá o acesso aos games diretamente pela internet, sem a necessidade de um hardware específico para isso. Por enquanto, o streaming está disponível nos Estados Unidos, ao custo de US$ 6 mensais, mas em breve ele será levado para outros países.
No trabalho, o futuro é híbrido
Nem 100% home office, nem período integral no escritório. Ganha força no mundo corporativo a ideia da jornada híbrida, com os funcionários alternando a rotina em casa com a presença física na empresa. A ideia deverá ser adotada pelo Google, segundo informou Sundar Pichai, presidente da Alphabet, controladora da companhia. Segundo uma pesquisa interna da empresa, 62% dos funcionários não gostariam de trabalhar no escritório todos os dias.
“Estamos ajustando a empresa aos desafios do momento, mas seguimos comprometidos com os investimentos de R$ 2,4 bilhões até 2022”
Karl Deppen, presidente da Mercedes-Benz no Brasil e América Latina
R$ 15 bilhões
é quanto a privatização dos Correios poderia render aos cofres públicos, segundo estimativas de Fábio Faria, ministro das Comunicações
Rapidinhas
• A transformação digital não é mera estratégia de marketing para as empresas que dependem do comércio eletrônico. Ela, de fato, está em andamento. Na Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, o número de usuários ativos em seu aplicativo cresceu dez vezes no período de um ano, passando de 1,5 milhão para 15 milhões.
• O otimismo do varejo chegou aos níveis pré-pandemia. É isso o que mostra o Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas. Em setembro, ele chegou a 99,6 pontos (a escala vai de zero a 200), retomando o patamar de fevereiro deste ano, antes dos efeitos devastadores da crise do coronavírus.
• A Volkswagen quer se tornar uma das maiores fabricantes de veículos elétricos do mundo. A empresa alemã almeja produzir, por ano, até 2025, 1,5 milhão de carros movidos a eletricidade. Por mais que o segmento tenha recebido uma avalanche de investimentos de diversas montadoras, a verdade é que ainda não deslanchou.
• A reclamação dos empresários sobre a falta de crédito durante a pandemia parece ter sensibilizado as autoridades. Ontem, o governo federal assinou medida provisória que libera R$ 10 bilhões para a concessão de empréstimos a microempreendedores individuais (MEIs) e empresas de pequeno porte. Os valores estão limitados a R$ 50 mil.