O pagamento do auxílio emergencial residual começou ontem para os segurados do Bolsa Família. Porém, nem todos os brasileiros que tiveram acesso aos R$ 600 nos últimos meses vão receber as novas parcelas de R$ 300. No Bolsa Família, por exemplo, 2,9 milhões de pessoas saíram da lista de beneficiários do auxílio.
Segundo a Caixa Econômica Federal, 16,3 milhões de pessoas do Bolsa Família vão receber o auxílio de R$ 300 até o próximo dia 30. Nas parcelas anteriores, contudo, o auxílio de R$ 600 foi pago a 19,2 milhões de integrantes do programa.
A redução é fruto da redução do valor do auxílio, de R$ 600 para R$ 300. É que, no Bolsa Família, as pessoas só recebem o auxílio emergencial se tivessem um valor menor pelo Bolsa. Ou seja, até o mês passado, todos os segurados que ganhavam menos que R$ 600 (ou R$ 1,2 mil no caso das mães solteiras) tinham o Bolsa Família automaticamente substituído pelo auxílio emergencial. Agora, como o auxílio caiu para R$ 300, a troca só permanece para quem ganha menos do que R$ 300 (ou R$ 600 no caso das mães solteiras) no Bolsa Família.
A Caixa Econômica Federal, que gerencia os pagamentos dos dois programas, calculou que vai liberar R$ 4,3 bilhões, relativos ao auxílio de R$ 300, para 16,3 milhões de pessoas do Bolsa Família até o próximo dia 30. O pagamento ocorre de acordo com o calendário tradicional de pagamentos do Bolsa Família.
Pente-fino
Ainda não há data definida, contudo, para o pagamento dos R$ 300 para os demais beneficiários do auxílio emergencial, que não são do Bolsa Família. Também são esperados cortes nesse grupo de pessoas, que inclui os inscritos do CadÚnico e os trabalhadores informais que pediram o benefício pelo aplicativo da Caixa.
É que a medida provisória (MP) que prorrogou o auxílio emergencial também determinou um pente-fino nos cadastros do programa, para evitar que quem não precisa mais do apoio público continue recebendo o auxílio criado na pandemia de covid-19. Informalmente, o governo calcula que, ao todo, até 6 milhões de pessoas podem deixar de receber o auxílio emergencial nas parcelas de R$ 300.
Guedes condenado por insultar servidores
Decisão judicial de primeira instância determinou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, pague indenização de R$ 50 mil ao Sindicato dos Policiais Federais da Bahia (Sindipol-BA). A juíza federal da 4ª Vara, Cláudia da Costa Tourinho Scarpa, considerou que houve insulto por parte do ministro, que, durante uma palestra sobre a reforma administrativa, em fevereiro, criticou o reajuste de salários e comparou servidores públicos a parasitas. “O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, disse Guedes, na ocasião