Crédito

BNDES quer ser articulador de investimentos no país, diz diretor

Diretor de Crédito e Garantia do banco de fomento, Petrônio Cançado diz que objetivo é fazer o crédito chegar às empresas de menor porte, com menos acesso ao mercado de capitais

Simone Kafruni
postado em 29/09/2020 19:02
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem uma carteira de R$ 100 bilhões para investimentos e quer fazer o crédito chegar as empresas de menor porte, com menor capacidade de acessar o mercado de capitais, destacou Petrônio Cançado, diretor de Crédito e Garantia do banco de fomento, ao participar, nesta terça-feira (29/9), do Painel Telebrasil 2020. “Precisamos atrair investidores”, disse.

Segundo ele, o BNDES pretende ser um articulador com as grandes companhias, sobretudo nas ações ligadas ao meio ambiente e sociais, destacando a letra S da sigla do banco. Do lado do investimento, fazer o crédito chegar na ponta. O novo papel do BNDES é de coordenador de investimentos públicos e privados.

“O BNDES é maior banco de desenvolvimento do mundo. Olhando para o futuro, pode ter papel determinante para contribuir com o desenvolvimento do país”, afirmou. Ele lembrou que a instituição foi criada com o propósito de formular e executar a política de desenvolvimento. “Teve papel importante na industrialização do país, participou do processo de privatizações e foi um grande financiador desse projeto”, ressaltou.

Justamente os anos de relacionamento com os setores público, por ser estatal, e privado, por ter sido o único, por muito tempo, a fornecer crédito de longo prazo, no país, é que garante ao BNDES o conhecimento para ajudar na articulação entre os dois. “Sabemos que há necessidade de investimento relevante, mas a situação fiscal enseja preocupação e cuidado. Como combinar essas duas coisas? Atraindo investidores”, afirmou.

Outra mudança do banco, segundo o diretor, é a maneira de olhar. “Menos para os números e desembolsos e mais para o impacto na ponta. A entrega que o banco está fazendo. Temos que ajudar o Executivo a fazer projetos que possam atrair investidores. E buscar soluções de crédito e garantias”, afirmou. Segundo ele, o setor elétrico é um exemplo importante. “Na Conta-Covid, o BNDES atuou com R$ 2,5 bilhões de um total de R$ 15 bilhões. Ou seja, cada real do BNDES se multiplica”, disse.

Fundo garantidor

Para Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac), foi criado um fundo garantidor. “Por conta da pandemia colocamos de pé um dois meses um volume de crédito que se fazia em dois ou três anos”, revelou. “O Peac tem patrimônio de R$ 15 bilhões hoje, mas pode chegar a R$ 20 bilhões”, disse. “As maiores empresas têm mais acesso ao crédito e foram capazes de acessar o mercado de capitais, mas as menores têm dificuldades. Esse fundo permitiu que o crédito possa chegar a empresas de menor porte, porque têm menor capacidade de acessar o mercado de capitais”, reiterou.

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