Renda Cidadã

Bolsonaro diz que governo está aberto para sugestões de financiamento para Renda Cidadã

Bolsonaro também tratou de defender a medida e negou que o Renda Cidadã que o governo pretende tirar do papel vise sua reeleição em 2022

Ingrid Soares
postado em 29/09/2020 11:52 / atualizado em 29/09/2020 12:28
 (crédito: Evaristo Sá/AFP)
(crédito: Evaristo Sá/AFP)

Após críticas que o Renda Cidadã vem sofrendo pela intenção de utilizar recursos de precatórios, que são dívidas de ações judiciais do governo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (29/9) por meio das redes sociais que está aberto para sugestões de financiamento para o novo programa. Bolsonaro também voltou a criticar prefeitos e governadores pelas medidas de isolamento adotadas e disse que o governo trabalha para se antecipar aos problemas sociais, respeitando o teto de gastos. O mandatário repetiu que a ajuda aos trabalhadores informais “não pode ser para sempre”.


“Os responsáveis pela destruição de milhões de empregos agora se calam. O meu governo busca se antecipar aos graves problemas sociais que podem surgir em 2021, caso nada se faça para atender a essa massa que tudo, ou quase tudo, perdeu. A responsabilidade fiscal e o respeito ao teto são os trilhos da Economia. Estamos abertos a sugestões juntamente com os líderes partidários. O Auxílio Emergencial, infelizmente para os demagogos e comunistas, não pode ser para sempre”.


Bolsonaro também tratou de defender a medida e negou que o Renda Cidadã que o governo pretende tirar do papel vise sua reeleição em 2022. Ainda segundo o chefe do Executivo, a alta popularidade apresentada em pesquisas incomoda adversários políticos que o atacam em qualquer ocasião.


“Ao longo da minha vida parlamentar nunca me preocupei com reeleição. Sempre exerci meu trabalho na convicção de que o voto era consequência dele. Minha crescente popularidade importuna adversários e grande parte da imprensa, que rotulam qualquer ação minha como eleitoreira. Se nada faço, sou omisso. Se faço, estou pensando em 2022”, ressaltou.


Por outro lado, Bolsonaro completou dizendo que está preocupado com 2021, quando a taxa de desempregos poderá ter um volume ainda maior. Como o pagamento do auxílio emergencial termina em dezembro, o presidente corre com o Congresso e a equipe econômica para encontrar a fonte de recursos para o novo programa.


Movido pela boa onda que o auxílio emergencial tem lhe proporcionado, Bolsonaro sabe que precisa ter um plano de continuidade para o final do ano, que é quando estão previstas as últimas parcelas da ajuda aos trabalhadores informais.

 

 

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