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Ampliação do seguro-desemprego não pode ser feita "de afogadilho", diz Mourão

Para o vice-presidente, criação de mais duas parcelas do benefício, proposta por centrais sindicais, precisa levar em conta situação fiscal do país. Segundo ele, medidas tomadas pelo governo surtiram efeito e crise econômica "não foi tão grande assim"

Ingrid Soares
postado em 25/09/2020 13:06 / atualizado em 25/09/2020 13:12
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press         )
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press )

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou na manhã desta sexta-feira (25/9) que a concessão de  mais duas parcelas do seguro-desemprego para demitidos durante a pandemia deve levar em conta a capacidade fiscal do governo e não pode ser feita “de afogadilho”. A medida foi proposta por centrais sindicais. Hoje, os desempregados recebem, no máximo, cinco parcelas do benefício.

“Tem que olhar dentro da nossa capacidade fiscal, né? Não pode ser coisa de afogadilho. Todos vocês sabem que nós vivemos uma crise fiscal séria. Não podemos aumentar a dívida de forma desmesurada, então, tem que buscar qual é a melhor solução para que isso seja pago”, apontou.

Mourão declarou ainda que as medidas tomadas pelo governo surtiram efeito e que a crise econômica “não foi tão grande assim”. “A economia deu uma melhorada (com) todas as medidas que o governo fez no sentido de manter a economia em condições: os créditos às pequeno e microempresas; a questão do pagamento de salários para as empresas que tinham empregos formais — o governo pagando 75% e a empresa pagando 25%; o próprio coronavoucher”, citou.

Perguntado por jornalistas se acredita em uma rápida recuperação econômica, em "V", como tem afirmado o ministro da Economia, Paulo Guedes, o general respondeu que é necessário esperar até dezembro para ver como a situação se desenrola.

“Olha, os dados que nós temos hoje... o Brasil foi um dos países que menos perdeu no segundo trimestre do ano, que foi o trimestre mais crítico. Nós fomos um dos que menos perdeu. Vamos lembrar que, inicialmente, a previsão era de que a gente teria uma queda do PIB, neste ano, de 9%. Hoje, a projeção já está em 5%, o governo aposta em 4,7%. Vamos aguardar o final do ano”, concluiu.

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