Pesquisa inédita do Ministério da Infraestrutura (MInfra) indica confiança dos viajantes nas medidas adotadas pelo setor aéreo contra o novo coronavírus. Para 53,1% dos entrevistados na Pesquisa de Percepção da Segurança Sanitária no Setor Aéreo, são eficientes os protocolos sanitários utilizados em aeroportos e aeronaves para evitar contaminação.
Uso de tecnologia para reduzir contato pessoal e medidas como utilização de máscara e higienização frequente dos espaços de circulação são apontados como trunfos na reconquista da confiança dos passageiros. O setor aéreo vem atuando de acordo com as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e com o acompanhamento da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) e de grupo de trabalho coordenado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O levantamento coletou 1.042 entrevistas por telefone e e-mail durante o mês de agosto. A margem de erro é de 3% e o nível de confiança, de 95%. O objetivo da pesquisa era captar a visão do viajante sobre a covid-19 e as medidas de prevenção adotadas no serviço de transporte aéreo.
“Os dados da pesquisa indicam que é necessário ao setor aéreo investir cada vez mais em tecnologia, estabelecer novos procedimentos e dar visibilidade às medidas de segurança sanitária para que os passageiros se sintam seguros em voltar a voar”, avaliou o secretário nacional de Aviação Civil do MInfra, Ronei Glanzmann.
Resultados
Os resultados apontam que 47,5% dos respondentes ainda se sentiam inseguros em voar, em agosto, por causa da pandemia, enquanto 31,3% disseram ter segurança e 21,2% não souberam responder. Por outro lado, 53,6% afirmaram ter planos de voltar a voar já nos próximos meses. Dentre os 38,2% que responderam não ter planos de viagem, a maioria (46,5%) poderia reconsiderar, se houvesse redução no preço das passagens.
Check-in pelo celular
Para 62,5% dos entrevistados, voar ainda é a forma mais segura de viajar. Em relação às medidas como uso de máscara, distanciamento e higienização frequente dos espaços, 53,1% as consideram efetivas. Outros 73,5% estariam dispostos a fornecer informações pessoais, como telefone, e-mail e endereço, ao realizar uma reserva aérea, visando aumentar a capacidade e o alcance dos órgãos de vigilância sanitária no controle da disseminação de doenças.
A pesquisa nacional também mostra, por conta da pandemia, um passageiro mais conectado às tecnologias e à internet. Enquanto 69,1% já preferem realizar o check-in por celular ou tablet. Dentre a minoria (9,1%) dos que ainda optam pelo contato direto no balcão das companhias, 83,9% estariam dispostos a utilizar a tecnologia para diminuir a interação no processo de embarque. “Essa pandemia trouxe aprendizados importantes e exigirá uma mudança de cultura e de processos no setor aéreo daqui pra frente, com foco ainda maior na segurança e na saúde dos viajantes”, destacou o secretário.
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