O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer, na noite desta quarta-feira (9/9), que não vai interferir no mercado para baixar os preços de itens essenciais na cesta básica como arroz e óleo.
"Não vamos interferir no mercado de jeito nenhum, não existe canetaço para resolver o problema da economia", afirmou.
O presidente disse que conversou com representantes de supermercados e que os mesmos estão se "empenhando" para baixar os preços.
"A boa notícia hoje: conversei com duas autoridades dos supermercados, tá? Na ponta da linha, o preço chega pra eles, e eles estão se empenhando para reduzir o preço da cesta básica, que dado o auxílio emergencial houve um pequeno aumento no consumo.Houve mais exportação por causa do dólar também, sabemos disso aí. Os rizicultores, os plantadores de arroz, estavam com prejuízo há mais de 10 anos, mas está sendo normalizado isso aí", prometeu.
Na última semana, Bolsonaro tem pedido “sacrifício e patriotismo” aos donos de mercados. Na tarde de ontem (8/9), o presidente também descartou a possibilidade de "tabelar" preços por conta da alta do preço do arroz. Bolsonaro ressaltou que vem mantendo conversas com representantes do setor e donos de mercado para que reduzam os preços dos produtos. Bolsonaro disse esperar que o lucro desses itens nos estabelecimentos fosse “próximo de zero”.
Nesta quarta, o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, se encontrou com Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele negou que o setor seja o “vilão” na alta de produtos essenciais da cesta básica e disse que o problema está na lavoura.
Neto defendeu ainda que "não há supermercadista cobrando preço abusivo; não temos cartel".
"Nós não vamos ser vilões de uma coisa que nós não somos responsáveis. Muito pelo contrário. […] Essas situações, que têm sido muito raras, ocorrem porque o commoditie é sazonal. É agricultura: chove demais, faz sol demais. É assim que funciona. O problema está na lavoura, no custo da produção, da safra baixa. O problema está no câmbio dos produtos que estão sendo exportados", apontou.
Ele disse que não há prazo para a baixa dos preços e sugeriu à população o consumo de massas no lugar do arroz. "Eu não sei responder. Pode ser que seja mais rápido. Tem um lado psicológico que pode ser que afete aí, o fato de consumir mais macarrão já faça uma regulagem do preço. O que precisa, sim, é entrar mais produto. Ter mais oferta do arroz no mercado para resolver esse problema", pontuou.
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