As despesas extraordinárias com a pandemia pelo coronavírus fez o Tesouro Nacional elevar para entre R$ 4,6 trilhões e R$ 4,9 trilhões os limites da Dívida Pública Federal em 2020, por meio de revisão no Plano Anual de Financiamento (PAF). As previsões anteriores eram de intervalo de R$ 4,5 trilhões e R$ 4,750 trilhões. De acordo com Waldery Rodrigues, secretário especial de Fazenda, o Tesouro não trabalha com a possibilidade de os gastos com o auxílio emergencial, no total e R$ 525 bilhões, se estender para 2021. A orientação é de que, no ano que vem, seja mantido o rigor com o teto dos gastos e que os projetos de reforma continuem para atender para, com isso, o país conquistar a confiança dos investidores.
A previsão de déficit primário (diferença entre as receitas e as despesas) para o setor público aumentou de 1,7% para 11,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país). O Tesouro destacou, ainda, que a transferência de R$ 325 bilhões do Banco Central vai contribuir reduzir o risco de curto prazo e a necessidade de financiamento, que em janeiro estava prevista para ser de R$ 1,067 trilhão. Mas devido à contaminação pela Covid-19, foi alterada para R$ 1,127 trilhão. A previsão de dívida interna também cresceu, no período, de R$ 808,2 bilhões, para R$ 888,4 bilhões.