O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta quinta-feira, 20, em reunião virtual, uma série de mensagens já expressas nas divulgações mais recentes da autarquia, a respeito de política monetária. Segundo ele, "devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno".
"Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva", acrescentou o presidente do BC.
Campos Neto também repetiu que, "apesar de uma assimetria em seu balanço dos riscos, o Copom não antevê reduções no grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária".
As considerações desta quinta-feira constam de apresentação do presidente do BC feita por videoconferência da reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O evento é fechado à imprensa, mas o BC disponibilizou em seu site a apresentação de Campos Neto no link.