FINANÇAS

Dólar sobe e acumula alta de 4,04% em agosto


Depois de uma semana tensa no Brasil e no exterior, o dólar voltou a subir e fechou a sexta-feira em R$ 5,427, com alta de 1,1%. O receio do rompimento do teto de gastos, com o abando no da agenda econômica liberal defendida pelo ministro Paulo Guedes, influenciou os negócios. Com a aversão ao risco, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,23%, e de 4,02% na primeira quinzena de agosto.

Já o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, conseguiu ter um desempenho positivo, ontem, avançando 0,89%, aos 101.353 pontos. Na semana, contudo, a Bolsa registrou perda de 1,38%. Acumulando desvalorização de 1,51% no mês. O vaivém das declarações do presidente Jair Bolsonaro sobe a austeridade fiscal preocupa os investidores.

“A gente tem que entender como é que vai ser isso. Mas o mercado viu como positivo o governo de manter o discurso em favor do teto e, por isso teve alta na Bolsa”, disse o economista e assessor G2W Investimentos Vitor Hugo Fonseca.

Também repercutiu no mercado a pesquisa Datafolha indicado melhora na avaliação do governo e do presidente. Para os analistas, contudo, o que poderia ser uma boa notícia do ponto de vista dos negócios, acabou gerando dúvidas, já que Bolsonaro dá mostras de que pode embarcar numa diretriz populista de governo.

Para especialistas, o que tem segurado a Bolsa é a Selic no recorde histórico de baixa, que estimula investimentos em ações, além das condições amplas de liquidez, sobretudo no exterior.

Empréstimos do BNDES crescem 61%
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou, no segundo trimestre, a maior expansão de crédito desde 2013. Os desembolsos ficaram em R$ 17,658 bilhões, alta de 61,6% ante igual período de 2019, já descontado o efeito da inflação. A alta nos empréstimos, que refletiu o combater aos afeitos da pandemia da covid-19, não impediu que o banco tivesse prejuízo contábil de R$ 582 milhões no período, por causa de ajustes no valor da carteira de participações acionárias em grandes companhias e do aumento nas provisões para o risco de crédito.