Considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC) cresceu 4,89% em junho. Porém, fechou o segundo trimestre deste ano com um baque de 10,94% devido à pandemia do novo coronavírus.
O crescimento de 4,89% de junho mostra que a economia brasileira continua se recuperando da crise causada pela covid-19, depois de bater no fundo do poço em abril. Ainda segundo o IBC-Br, a atividade econômica brasileira caiu 5,9% já em março, no início da pandemia. E sofreu um tombo recorde de 9,73% em abril, no auge das medidas de distanciamento social. Em maio, contudo, esboçou uma reação crescendo 1,31%. E, em junho, confirmou esse processo de retomada.
O dado do IBC-Br de junho, contudo, veio um pouco abaixo das expectativas de alguns analistas. Afinal, os dados setoriais da economia brasileira, divulgados nos últimos dias pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vieram melhores que o esperado, com altas de 8,9% na indústria, 8% no comércio e 5% nos serviços.
Recuperação
Por conta disso, reforça que a economia brasileira até está se recuperando, mas ainda está longe do patamar observado antes do novo coronavírus. Segundo o IBC-Br, devido ao choque observado em abril, a atividade econômica brasileira fechou o segundo trimestre deste ano com uma queda de 10,94%.
A contração observada pelo IBC-Br entre abril e junho também é pior que o esperado pelo mercado para o PIB do segundo trimestre. O período foi o mais impactado pela pandemia e vai ditar o ritmo do crescimento brasileiro neste ano. Mas, para alguns analistas, poderia registrar uma queda menor de 10%, mais próxima dos 9,5%.
O dado oficial do PIB do segundo trimestre será divulgado em 1º de setembro pelo IBGE. E deve confirmar a entrada do Brasil em um período de recessão técnica, que se caracteriza por dois trimestres de queda da economia. Afinal, o PIB do Brasil já caiu 1,5% no primeiro trimestre.
Saiba Mais
O IBC-Br também revela que a economia brasileira está 7,05% aquém do nível registrado no mesmo período do ano anterior, mesmo com a alta de 4,89% de junho. Comparando o segundo trimestre de 2020 com o mesmo período de 2019, o baque é de 12,03%. Já no acumulado do primeiro semestre deste ano, a queda é de 6,28%. E no acumulado dos últimos 12 meses, de -2,55%.