O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco dos Brics, quer disponibilizar cerca de R$ 11 bilhões anuais de crédito para o Brasil no seu próximo ciclo de investimentos. A ideia é contribuir com o processo de retomada e expansão econômica do Brasil.
"Estamos planejando para o próximo ciclo de cinco anos um montante anual de cerca de R$ 11 bilhões à disposição do governo brasileiro, de entidades subnacionais, em parcerias também com o setor privado em atividades de cofinanciamento para que o Novo Banco de Desenvolvimento seja um dos protagonistas desse processo de retomada e expansão econômica do Brasil", anunciou o presidente do NDB, Marcos Troyjo.
Troyjo é o primeiro brasileiro a comandar o Banco dos Brics. Ele era secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia e assumiu o organismo multilateral de financiamentos em maio deste ano, sob indicação do governo brasileiro. E falou sobre os planos do NDB para o Brasil durante o Fórum dos Brics, transmitido nesta segunda-feira (31/08) pela Band News.
Também no evento, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, confirmou que o Brasil pode ampliar sua carteira de financiamentos no Banco dos Brics, sobretudo nos próximos meses, quando o banco sediado na China promete abrir um escritório em São Paulo. "Temos explorado muito pouco o NDB. Tenho conversado com os governadores do estado que buscam financiamento para explorarem o NDB", comentou Mourão.
Pandemia
No Fórum dos Brics, Troyjo lembrou que o NDB também disponibilizou US$ 10 bilhões de dólares para os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) enfrentarem a pandemia de covid-19. Como mostrou o Correio, o governo brasileiro tomou US$ 1 bilhão desse montante emprestado para assegurar o pagamento do auxílio emergencial e agora negocia mais um financiamento visando o processo de retomada econômica.
"O primeiro lote dos US$ 10 bilhões esteve focado nas atividades de combate à pandemia. Agora, vem aí o novo lote, focado no tema da recuperação, da necessidade de promover a ascensão da atividade econômica nos nossos países membros, no auxílio às empresas de pequeno porte, que são grandes empregadores em qualquer economia, na sustentação do emprego e da renda", afirmou Troyjo, garantindo que o NDB está conversando com "as autoridades econômicas dos sócios de modo que isso possa ser feito de maneira efetiva e acelerada".
Este, porém, não é o único objetivo do NDB para os próximos cinco anos. Segundo Troyjo, o banco não quer mais se limitar ao universo dos Brics, pois pretende atender todo o mundo emergente. "No próximo ciclo de cinco anos, o banco tem algumas prioridades. Uma delas é a ideia de expansão. Expansão, por exemplo, de membros. Hoje, somos o Banco dos Brics, mas queremos ser um dos principais atores de financiamento para todo o mundo emergente", contou.
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