Brasil cria 131 mil vagas de trabalho formal em julho

Resultado interrompe uma sequência de quatro meses negativos, quando 1,5 milhão de postos de trabalho foram fechados devido à pandemia

Marina Barbosa
postado em 21/08/2020 15:40 / atualizado em 21/08/2020 15:40
 (crédito: Diana Raeder/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Diana Raeder/Esp. CB/D.A Press)

O mercado de trabalho formal deu um sinal de retomada no Brasil em julho. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (21/08) explicam que, após quatro meses no vermelho, o Brasil criou 131 mil vagas de trabalho formal em julho.

O resultado positivo de julho interrompe uma sequência negativa que vinha desde o início da pandemia do novo coronavírus. Segundo o Caged, o Brasil fechou mais de 1,566 milhão de vagas de trabalho formal entre março e junho deste ano, devido à crise da covid-19. Mas, em julho, conseguiu reverter essa tendência, graças a um aumento das contratações e também à redução das demissões.

Segundo o Caged, 131.010 novos postos de trabalho formal foram criados em julho. O saldo é resultado de 1.043.650 admissões e 912.640 desligamentos. Houve, portanto, um aumento de 14% nas admissões e uma redução de 2% nas demissões em relação a junho, quando o saldo do emprego formal foi negativo em 19.579 vagas. No período, também foi observado um aumento de R$ 6,03 no salário médio de admissão, que chegou a R$1.709,71.

Segundo o Ministério da Economia, a melhora do mercado formal foi disseminada em quase todo o país. Das cinco atividades econômicas, só o setor de serviços continuou registrando saldo negativo (-15.948). Já das 27 unidades da federação, só três seguiram com mais demissões do que admissões - Amapá, Sergipe e Rio de Janeiro. O destaque positivo foi da indústria, que saiu de um saldo negativo de 4,5 mil em junho para um saldo positivo de 53,5 mil em julho, e da região Sudeste, que saiu de um saldo de -33,5 mil para 34,1 mil no período.

O acumulado do ano, contudo, ainda é muito negativo, devido à grande destruição de postos de trabalho observada no auge da quarentena. Segundo o Caged, o saldo é de -1.092.578 empregos entre janeiro e julho, decorrente de 7.821.801 admissões e de 8.914.379 desligamentos. Houve, portanto, uma queda de 18,5% nas contratações e de 2,5% nas demissões em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo do emprego formal foi positivo em 461.411 vagas. Com isso, o estoque de empregos formais chegou a 37.717.045.

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