Além de estar presente na boca dos brasilienses como um dos principais ditos populares da cidade, as massas são figurinhas carimbadas no cardápio do brasiliense. Não é de hoje a preferência dos brasileiros, e principalmente dos candangos, pelos sabores da Itália, sem contar com as semelhanças entre as duas culturas, que vão desde a fartura de porções às tradições ao redor da mesa. "O brasiliense, assim como todo brasileiro, se identifica com a simplicidade e o conforto da comida italiana. Por ser um público exigente, os moradores de Brasília gostam de comer bem", avalia a chef Nayhara Branquinho, do restaurante Pretensiosamente Modesto.
Há quem goste, também, de fugir do óbvio. Nos restaurantes orientais, por exemplo, é possível desfrutar das massas, driblando dos tradicionais espaguetes e lasanhas. "A massa oriental tem ganhado espaço no coração dos brasilienses por conta das novelas coreanas, que vêm mostrando, cada dia mais, a cultura e a alimentação do povo oriental", avalia a chef Giulia Kato, do Katsu Lamen.
Nesta semana, o Divirta-se Mais selecionou seis restaurantes que oferecem ao público da capital opções diversificadas e saborosas de massas, que diariamente encantam os moradores do DF.
Toscana brasiliense
Já são 18 anos de história do restaurante paulistano Piselli e pouco mais de dois em atividade na capital federal. Com a promessa de trazer a alta gastronomia para o quadradinho, a casa chegou a Brasília no primeiro semestre de 2021 e presta homenagem à bela Toscana italiana. O menu da casa vai além das clássicas opções, como os espaguetes ou lasanhas, e se aventura nos mais diferentes tipos de massa. Um dos destaques é o tagliatelle integral (R$ 99), massa fresca integral com toque de cacau, cogumelos frescos salteados, com creme e crocante de parmesão. “Essa massa foi criada com o objetivo de termos um prato mais saudável e leve”, conta o restaurateur Juscelino Pereira. “A inspiração por trás do uso do cacau veio da Itália, onde alguns chefs renomados utilizam do cacau na massa, na culinária salgada. Isso traz ainda mais sabor para o prato”, explica.
Pioneiros na cidade
A partir do sonho da família Kato de constituir um restaurante de comidas quentes japonesas, nasceu em 2015, a Katsu Lamen House, em Águas Claras. A casa foi fundada com a proposta de ser uma cozinha mais voltada à simplicidade dos pratos servidos nas refeições diárias dos lares japoneses, nas quais o macarrão tem grande destaque.
Considerado um dos pratos mais consumidos do Japão, o Lamen puxa a fila de carro-chefe do Katsu. A famosa iguaria é composta por massa caseira e artesanal, um caldo de cozimento super lento, que leva até 12h de cocção, e dos toppings — coberturas tradicionais como carne de porco fatiadas, alga nori, massa de peixe, carne de frango frita, verduras, ovos marinado no shoyu e cebolinha. Os preços variam entre R$ 45 e R$ 68.
“O restaurante Katsu é fruto de muito trabalho, busca de conhecimento e resgate das lembranças das refeições com nossos pais e familiares. Por isso, chamamos nosso restaurante de casa de massas japonesas, pois é uma extensão da nossa própria casa”, afirma Giulia Kato, chef e uma das proprietária do Katsu. “Sentimos que Brasília era muito carente em restaurantes voltados apenas a pratos quentes. Não haviam casas especializadas em lamen, prato hoje mundialmente conhecido, preferido dos personagens de anime, principalmente do Naruto”, completa.
Aqui nunca sobra
Inicialmente fundado em 2015 como um food truck, o Samurai Sushi rodou pelas ruas da capital até 2020. A partir daí, a casa abriu o primeiro restaurante no Lake Side, onde funcionou por um ano e, por fim, mudaram-se para o Sudoeste, tendo como objetivo atender um público maior.
Um dos grandes diferenciais da casa é a vasta experiência do sushiman chef e proprietário Vitor Santos, um especialista em culinária japonesa. Ele dedicou mais de 15 anos da vida e fez diversos cursos com os nomes mais renomados do Brasil e do mundo. O restaurante trabalha com rodízio e a la carte com peixes frescos e feitos na hora.
O yakissoba da casa é uma receita exclusiva do chef Vítor Santos, que traz o molho caseiro feito à base de legumes, shoyu, saquê e especiarias feitas na chapa quente. “Na maioria das vezes, quando o cliente olha o prato, ele diz que não vai conseguir comer tudo, mas nunca sobra nada”, afirma.
Excelência no prato e no atendimento
Há mais de duas décadas, a Trattoria da Rosario é referência quando o assunto é culinária italiana em Brasília. Localizada na QI 17 do Lago Sul, a casa prima não só pela variedade gastronômica e respeito à tradição da Itália, como também pelo excelente atendimento, que vai desde os garçons até o chef Rosario Tessier, sempre presente no local.
Como um bom restaurante italiano, o menu do local conta com uma enorme diversidade de massas, que vão das mais tradicionais às menos usuais. Atualmente, o canelone (R$ 89), feito com massa fresca recheada com filé mignon moído, ricota de búfala e queijo grana padano, é um dos pratos que mais chama a atenção da clientela.
Essência da cozinha italiana
Em atividade desde 2003, a Luigi Trattoria é fruto de anos de trabalho do italiano Luigi Benegiamo. Fã da boa comida e dos bons restaurantes, Luigi adquiriu o Armazém 101, restaurante que frequentava desde 1997, trocou a decoração, incluiu novos pratos e lhe deu o nome, inicialmente, de Trattoria 101. "Ele dizia que Armazém não era nada italiano", conta a chef Neide Maria dos Santos.
A casa tornou-se referência na capital e, mesmo após a morte do proprietário em 2018, continuou sendo destaque no roteiro gastronômico de Brasília. "Nosso diferencial é a tradição dos pratos que continuam mantendo a essência das cozinhas italianas, utilizando produtos importados e receitas de família", opina Neide.
Apesar de contar com o tradicional filé à parmegiana acompanhado por fettuccine (R$ 78,90) como carro-chefe, a casa reúne massas não tão usuais no menu, como os raviolis ao molho de manteiga (R$ 72,90) e ao molho quatro queijos (R$ 72,90).
Simplicidade e sabor
Foi em meio à pandemia que nasceu o restaurante Pretensiosamente Modesto, sonho antigo com objetivo de levar boa comida ao público da capital, de forma despretensiosa. “Aqui não somos apenas comida. Desde o acolhimento, a atmosfera do espaço simples e a apresentação dos pratos, procuramos remeter os clientes a um momento de se desprenderem”, detalha a chef Nayhara Branquinho. Apesar do cardápio mutável e sazonal, no intuito de levar o público a novas experiências, o all’Amatriciana (R$ 49,50), linguine com molho à base de tomate, guanciale curado na casa e bastante pimenta preta, é um dos destaques do menu.
*Estagiários sob a supervisão de Severino Francisco
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