Jornal Correio Braziliense

Cinema

A avareza contraposta ao feminismo, no cinema, com Eugénie Grandet

Eugénie Grandet chega renovado na telona, sem saudosismo, quando o tema é o clássico literário de Honoré de Balzac

Com sessões sempre às 20h40, o drama Eugénie Grandet estreia no Cine Brasília (EQS 106/107), a partir de uma parceria entre o sala de cinema, a Cinemateca da Embaixada da França e o Institut Français. Adaptado para a telona, o romance de Honoré de Balzac ganhou roteiro e direção de Marc Dugain, com prioritária modernização do desenvolvimento.

A avareza é um dos elementos mais fortes na história. Partidário da mesquinharia, o personagem do ator Olivier Gourmet é pai daquele representado por Joséphine Japy (vista em My way — O mito além da música): Eugénie, inclinada à emancipação. Félix, o pai, é satirizado, como figura ultrapassada em Saumur, às margens do rio Loire, localidade exaltada pela resistência patriótica, durante a Segunda Guerra. O tabuleiro que dispõe personagens de ascendência aristocrática inclui ainda Charles (César Domboy) o refinado primo de Eugénie e madame Grandet, interpretada por Valérie Bonneton.