Se você lembrar do Mario, que pegou muita gente nos consoles de jogos eletrônicos, ou mesmo que nem lembre, com Super Mario Bros., terá, como espectador, uma diversão assegurada. Com a empoderada princesa Peach, e a favor da vida do inseparável irmão Luigi, Mario, o "cara mais legal do mundo" é capaz de mover montanhas nos mais variados reinos, desde a Terra, passando pelos reinos de Cogumelo e das Sombras. O "baixinho, que não sabe a hora de desistir", no fundo, encabeça um filme para saudosistas e para o público bem infantil, com defesa de muitos valores de família.
A partir da sociedade como os encanadores profissionais, Mario e Luigi veem a irmandade aumentar. Tubulações, ralos, bueiros e registros hidráulicos, sem demora, ficam para trás, na escala de problemas, com a aventura roteirizada por Matthew Fogel, peça-chave nos filmes Lego e dos minions. Tudo vai decorrer de uma crise de ciúmes de Bowser, o líder das espécies de tartarugas koopas, que é incapaz de equilibrar os sentimentos pela bela princesa.
Dirigida por Aaron Horvath e Michael Jelenic, a animação rende, nos primeiros momentos, situações hilárias, quando a entusiasmada dupla de irmãos depara com as instalações de um banheiro completamente depredadas e sob a vigilância de um cachorro infernal. Mas tudo isso é prenúncio para a conjuntura central, quando os bigodudos heróis encaram as engenhocas e os ambientes consagrados pelo famoso jogo da Nintendo. Tudo deslancha quando, com a autoestima abalada, os irmãos de origem italiana se arvoram a salvar o Brooklyn.
Bem antes de um vislumbrado casamento aos moldes de conto de fadas, o filme abriga a ação em cenários como a fábrica de kart, a desafiadora montanha-russa que desemboca no confronto com o agigantado Donkey Kong e a avenida de arco-íris, além do circuito de desafios em que o chamado "baixinho folgado" ganha poderes potencializadores de suas capacidades.
O filme de Horvath e Jelenic, que até mesmo se rende à figura da Super Estrela (emblemática para quem jogou a atração da Nintendo), ganha muito em humor com a versão gato do bigodudo encanador e, ainda mais com a instável estrela, que se exalta com o circo pegando fogo e se mostra jururu, quando reina a tranquilidade. Inesquecível esta coadjuvante, no filme que guarda duas cenas no decorrer dos créditos.