Cinema

Diversidade dá o tom nas estreias de cinema da semana no DF

De alta gastronomia à mais precária alimentação marinha, passando por enfermidades e enredos com destaque para figuras paternas e a ausência destas: tudo isso está contemplado no leque de opções dos cinemas. Num dos mais esperados thrillers do ano, O menu, filme dirigido por Mark Mylod, um elenco de peso promete brilhar: Anya Tayor-Joy, Nicholas Hoult, Janet McTeer e Hong Chau encabeçam o filme.

Muitos deles encaram personagens escalados para uma experiência em requintado restaurante situado na costa norte-americana do Pacífico. Tensão e uma série de segredos estão no cardápio de uma noite inesquecível comandada pelo chef Slowik (Ralph Fiennes), no restaurante Hawthorne.

Já nos mares do México, em Tubarão: mar de sangue, Holly Earl e Catherine Hannay lideram elenco movido a predadores naturais recriados em computação gráfica. No filme de James Nunn, o roubo de jet skis, por um grupo de jovens, desencadeia um acidente que se desdobra em muitas mortes.

Também a partir de um ambiente em que deveria prevalecer o lazer, o longa de estreia de Charlotte Wells, estrelado por Paul Mescal e Frankie Corio, Aftersun, aposta na revisão da figura paterna instituída por Calum. O contato dele com a filha é revisto, vinte anos depois de um encontro entre ambos num resort. O filme nacional Na rédea curta segue a trilha literal da paternidade: Júnior é filho de Mainha, e busca o pai dele, Recôncavo baiano adentro, depois de saber que se tornará pai. Ary Rosa e Glenda Nicácio dirigem o longa que tem enredo impulsionado na periferia do protagonista.

Outro filme nacional em destaque é Diário de viagem, de Paula Kim. No filme, uma jovem, durante a implantação do Plano Real, segue para intercâmbio no exterior. A viagem não sai como planejada pelos pais, acarretando muitos problemas para a moça, alguns de saúde. Título nacional, o documentário Deus tem Aids, da dupla Gustavo Vinagre e Fábio Leal, parte do cotidiano de sete artistas e de um médico para tratar de sorofobia. Finalmente, a coprodução entre Alemanha, Brasil e Argentina, Breve história do planeta verde, é uma ficção científica de Santiago Loza. No filme, uma mulher trans se junta a amigos para tentar restituir um lar para um alienígena, outrora, criado por uma aparentada dela.

No Cine Brasília (EQS 106/107), com entrada franca, a pedida é a programação do I Festival de Cinema e Cultura Indígena. O evento prossegue até 11 de dezembro, com a particularidade de exibir filmes criados por indígenas que retratam a realidade em que vivem. Na onda dos retornos às telas, é a vez de Crepúsculo, que volta aos cinemas 10 anos depois da estreia. Não é novidade que o longa se apoia no desenvolvimento do amor (impossível?) entre Bella Swan e Edward Cullen.