A Cia. de Comédia G7 está de volta com o espetáculo E homem, serve pra quê?, que conta a história de um casal, com aguda crítica à situação de dupla jornada de trabalho da mulher, enquanto o marido cuida da casa. O grupo promete diversão e reflexão para o espectador. Romance e comédia são os polos da peça, em cartaz, sábado e domingo, às 19 horas, no Teatro La Salle, na 906 Sul.
O espetáculo coloca em cena a vida de um casal: Renato e Regina. Renato não lava roupa, não mata uma barata e sequer troca o pneu do carro quando fura. Ao contrário do que parece, ele não mora com a mãe, e sim, acabou de casar com o grande amor da sua vida: Regina. Apesar de amar Renato, Regina trabalha muito e, além disso, tem que cuidar de tudo na casa sozinha. A jornada dupla está pesada, Renato precisa amadurecer e, literalmente, "virar homem".
Com esquetes divertidas, músicas autorais, interação e participação da plateia, o grupo aborda várias situações em que o homem replica comportamentos preconceituosos e machistas no dia a dia do lar. Com pegada de humor, o espetáculo tenta persuadir os homens a compartilharem as tarefas domésticas e a serem menos tóxicos, almejando também, salvar relacionamentos em conflito.
"Queremos divertir, mas, ao mesmo tempo, a gente quer também passar uma mensagem para os homens e para a sociedade de que o homem deve ser participativo dentro de casa, em todos os aspectos", comenta Felipe Gracindo, ator e um dos criadores do G7. "O que um homem tem que fazer, o que a mulher tem que fazer? E, às vezes, a gente percebe em nosso dia a dia que essas coisas ficam tão marcadinhas. Na verdade, o homem imagina que se ele está fazendo uma função não tem que fazer outras."
Felipe ressalta que a proposta da peça é a de divertir e, ao mesmo tempo, provocar a reflexão no sentido de promover uma terapia de casal diferente: "As mulheres vão sair de lá mais tolerantes e os homens mais conscientes e apaixonados".
A nova comédia do G7 segue a linha dos demais espetáculos da trupe, buscando levar uma mensagem relevante sobre um tema atual e essencial a todos nós, homens e mulheres. Contudo, de maneira leve e divertida, em tom de brincadeira, mas deixando sempre a semente da reflexão plantada no fundo de cada risada.
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Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco*