Gastronomia

Conheça a rota da comida mediterrânea nos restaurantes do DF

Pratos saudáveis e saborosos: a comida mediterrânea tomou conta da cidade. Conheça restaurantes que exploram a culinária que foi reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade

Ingredientes frescos, saudáveis e saborosos — é essa a base da culinária dos países ao redor do Mar Mediterrâneo. Versátil, a gastronomia que une uma variedade de culturas oferece pratos abundantes em azeite de oliva, legumes, peixes, frutos do mar, grãos integrais e ervas frescas, que resultam também em opções ideais para os que buscam uma dieta mais equilibrada, nutritiva e leve.

Amados pelos brasilienses, caranguejos, moluscos, camarões e lagostas costumam ser o grande atrativo dos restaurantes da cidade voltados para a gastronomia mediterrânea. "Eles trazem um sabor inigualável, de certa forma vira uma memória afetiva de litoral, praia, mar", apontam os chefs Lily Araújo e Theo Marques, responsáveis pelo Cozze.

"Para mim, o que mais sintetiza a culinária mediterrânea são os ingredientes frescos e a explosão de sabores litorâneos", concorda Mirella Montella, sócia do Da Marino. "O frescor do tomate, do azeite de oliva, das ervas, unidos aos mais incríveis frutos do mar são, na minha opinião, o que mais simbolizam essa gastronomia", afirma.

Um pouco de tudo

Inaugurado há quase três décadas, o Dona Lenha se consolidou como um dos restaurantes mais tradicionais de Brasília. A casa abriu as portas como pizzaria em 1997 e, ao longo dos anos, passou a incorporar produtos que refletissem o espírito da gastronomia mediterrânea, tornando-se uma das representantes da culinária na capital. "Nosso diferencial é a diversidade no cardápio — oferecemos um pouco de muitos dos países daquela região", afirma o sócio Paulo Mello.

Entre as opções do menu, o destaque do chef vai para o pirarucu à lagareiro (R$ 89). "É um prato tradicional da cozinha portuguesa, que incorpora muito bem os elementos essenciais de uma boa gastronomia mediterrânea, mas com uma mudança que considero excepcional: o uso do pirarucu no lugar do bacalhau", detalha.

"Com isso ganhamos muito em sustentabilidade e respeito aos nossos produtos, e ajudamos na proteção aos pescadores ribeirinhos", garante o sócio. Para harmonizar, ele sugere os rótulos de malbec rose presentes na carta de vinhos da casa.

 

Viagem mediterrânea

Prestes a completar dois anos de operação, o Cozze foi inspirado por uma viagem para Costa Amalfitana, na Itália. "Lá, eles valorizam muito os frutos do mar, principalmente peixes e mexilhões, junto a uma boa massa fresca que é o dom do italiano", contam os chefs Lily Araújo e Theo Marques. O nome do restaurante, inclusive, é a palavra italiana para o molusco.

A partir da experiência internacional, surgiu a ideia de abrir um restaurante inspirado nos pratos que conheceram na Itália. "Aqui servimos comida mediterrânea de verdade, com frutos do mar frescos, ingredientes da mais alta qualidade e receitas autorais", garantem Lily e Theo.

"Também proporcionamos para nossos clientes um pouco da sensação do que é estar na Costa Amalfitana com nosso ambiente, unindo o branco, azul e os tons de madeira, e ítens decorativos clássicos da Itália e louças", completam.

No menu, as inspirações mediterrâneas vêm desde as entradas — um exemplo são os mexilhões frescos de Santa Catarina ao molho tarantina e ciabatta (R$ 89). Quando o assunto é prato principal, um dos destaques é o spaghetti marimonte (R$ 98), espaguete nero com pomodoro, manjericão, camarão, lula, linguiça D'avola crocante e creme de burrata.

Outras opções são o arroz marisqueiro com camarões, lagosta, lula, polvo e mexilhões (R$ 229 — 2 pessoas) e o robalo grelhado ao molho de camarão com purê de banana da terra e tomate cereja confitado (R$ 149).

Para harmonizar, os chefs indicam vinhos brancos e espumantes. "Frutos do mar harmonizam muito bem com essas bebidas, sem dúvida. Principalmente no tempo de Brasília, que é predominantemente quente e seco. É uma combinação sem erros", garantem. Da carta da casa, o Lily e Theo sugerem o espumante italiano Vulcanici Brut (R$ 145) e o vinho branco italiano Collezione Pinot Grigio (R$ 195).

Nas sextas, o restaurante oferece opção de menu executivo, com entrada, prato principal e sobremesa, por R$ 159.

Pedacinho da Itália

"O Da Marino te transporta direto para a magia da Costa Amalfitana", define Mirella Montella, sócia da casa. Com filiais em São Paulo e no Rio de Janeiro, o restaurante chegou recentemente à capital, com o objetivo de reunir a essência do Sul da Itália em um ambiente que transporta os clientes à atmosfera da ilha de Capri e da comuna de Positano.

O destaque do menu vai para os pescados e frutos do mar frescos, escolhidos da própria peixaria do restaurante. Um dos carros-chefe é o polpo arrostito nello spiedo (R$ 130), polvo servido com ratatouille e ervas frescas. "Tenro e suculento, irá trazer o máximo de sabor da culinária mediterrânea", assegura Mirella. Segundo ela, a harmonização do prato funciona com o vinho branco Toso Piemonte Chardonnay DOC (R$ 160).


A Grécia é aqui

Com a proposta de ser uma fidedigna taverna grega, o Zante é batizado em homenagem à ilha Zakynthos, no sul da Grécia. Da decoração ao cardápio, tem como objetivo perpetuar a tradição dos alimentos do país europeu, com influências de diferentes regiões do local. Uma das mais conhecidas especialidades gregas, a moussaka (R$ 56,90), camadas de berinjelas e batatas grelhadas no azeite e carne moída com redução de tomate, é o carro-chefe da casa. O prato é finalizado no típico molho béchamel.

A carta de bebidas é voltada para as tradições gregas — são oito rótulos de vinhos do país, além da cerveja grega Alfa Beer (R$ 45,90). Entre as opções de drinques, estão presentes opções autorais como o drinque Zante, feito da mistura de Ouzo, o destilado grego mais tradicional, com hortelã e sumo de limão (R$ 35,90).

 

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