O Vomitando a Ceia (VAC) prova que o punk hardcore está muito além de gritos e guitarras distorcidas, pois o projeto promove transformação social por meio da solidariedade, prestando apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade em locais como orfanatos e projetos sociais.
A edição especial de 10 anos recebe a banda Cólera acompanhada de Maltrapilhos, Terror Revolucionário, Mais Que Palavras e Cerrado Hostil neste sábado (28/12), às 18h20, na Infinu.
Nesta edição, dois orfanatos de Brasília serão beneficiados, assim como o projeto Eu solidário, que atende famílias carentes. O público pode doar 2 Kg de um alimento não perecível ou um brinquedo novo ou usado, em ótimo estado, na entrada do evento.
O VAC foi fundado em 2015 em Taguatinga por Felipe CDC e Márcio Picka e, desde então, o projeto percorreu mais de 10 cidades do Distrito Federal com o objetivo de arrecadar doações para instituições carentes por meio da música punk hardcore.
Nesta edição, o projeto comemora com a banda Cólera, fundada 1979 na periferia paulista, no bairro do Capão Redondo por Redson Pozzi e seu irmão Pierre Pozzi. Com apenas duas baquetas e um violão, os irmãos fizeram o primeiro show na escola em que estudavam, contestando e alertando contra as injustiças e desigualdades sociais.
Desde a partida do fundador Redson Pozzi, em 2011, a formação da banda passou a ser composta por Wendell Barros (vocal), Pierre Pozzi (bateria e vocal), Val Pinheiro (baixo e vocal) e Fábio Belluci (guitarra). A banda underground independente representa o punk rock e o hardcore do começo dos anos 1980 e aposta em questões sociais que afetam a sociedade. As letras abordam temas ecopolíticos com mensagens de paz, solidariedade e conscientização.
"Gritamos em fúria contra tudo aquilo que nos ofende e nos impede de lutar pela nossa própria liberdade. Acima de tudo, o grito pede paz e conscientização das pessoas. Procuramos trazer questionamentos sobre as pautas sociais que nos afetam, como a violência, a miséria, a manipulação midiática e ecopolítica. O intuito é que cada pessoa pense por conta própria e esperamos que as músicas do Cólera funcionem como um estímulo para que se faça algo em prol da melhoria do planeta e das nossas vidas", diz a banda.