Gastronomia

Há Moqueca para todos os gostos nos cardápios das casas da cidade

Prato típico principalmente de regiões litorâneas, as diferentes versões da moqueca também caíram no gosto do brasiliense

Moqueca cearense do restaurante Jijoca -  (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Moqueca cearense do restaurante Jijoca - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)

Participante ferrenha dos almoços de fim de semana, a moqueca é um dos pratos mais queridos pelo público brasileiro. Seja na versão baiana, capixaba ou paraense, a iguaria se destaca pelo característico sabor dos molhos que conferem intensidade à receita, feitos à base de ingredientes como azeite de dendê, leite de coco, pimentões, tomates, cebolas e coentro. Na capital, a moqueca, acompanhada por arroz, farofa e pirão, se apresenta nas mais diversas versões — de frutos do mar, peixe ou até mesmo vegetariana.

"Dentre tantas referências que a gastronomia baiana possui, a moqueca realmente é uma das que mais nos remete a nordeste, mar, praia e comida boa. A Bahia com certeza é um dos locais em que encontramos as melhores moquecas do mundo", analisa o chef Ray Neto, responsável pela cozinha do Casa de Mainha Comida Baiana.

Para o chef, um dos segredo-chave por trás de um bom prato da iguaria está nos ingredientes utilizados. "A escolha dos pescados, bem como dos temperos que iremos utilizar no preparo faz total diferença. A qualidade do azeite de dendê é a cereja do bolo — nós, por exemplo, preferimos trazer os insumos de Salvador, direto da fonte, para garantir a originalidade de nossos pratos", explica Ray.

Mistura das cinco regiões do país, Brasília também conta com os representantes da moqueca capixaba. "É o nosso prato preferido", afirma o chef Gouthier Dias, do Vista Linda, nascido no Espírito Santo. "Estamos sempre buscando os melhores insumos frescos para o paladar da mesa do brasiliense. Porém, aqui na cidade, temos uma certa dificuldade de encontrar esses ingredientes, além do preço mais alto. Por isso, nossos peixes vêm diretamente de alto mar para mim, toda semana", conta Gouthier.

Quando o assunto são as moquecas, a licença poética toma conta, permitindo a criação de novas versões da iguaria. "No Jijoca, tentamos fazer uma releitura unindo a moqueca baiana e capixaba, fazendo nossa própria moqueca cearense", diz o proprietário Lucidio Carneiro. "A gente traz elementos tanto da Bahia quanto do Espírito Santo, mas sem esquecer do Ceará", garante o nordestino.

Variedade de sabores

Para os adoradores das moquecas, o Ouriço é a escolha ideal para o almoço ou jantar do fim de semana — o cardápio da casa, assinado pelo chef Thiago Paraiso, é voltado para as delícias dos frutos do mar e a iguaria ocupa um bom espaço entre os principais pratos.

No menu, são oito opções da iguaria, desde as que têm as vieiras como destaque (R$ 319), até os vegetarianos, de banana-da-terra (R$ 56). Os clientes também encontram na casa moquecas de camarão (R$ 185), frutos do mar (R$ 178), camarão e peixe (R$ 178), peixe e pirão (R$ 159), camarão com banana-da-terra (R$ 149), peixe com banana-da-terra (R$ 109) e camarão com pirão (R$ 179) — todas acompanhadas por arroz de salsa e farofa de banana.

A Bahia é aqui

Às margens do Lago Paranoá, o Ki-Mukeka procura levar o público brasiliense diretamente para as paradisíacas praias baianas, onde começou a história do empreendimento. No ano de 1978, em Cabuçu, Bahia, foi inaugurado por Ivone Marlene de Jesus o primeiro restaurante da rede, com a ajuda de um fogão quatro bocas e dos sete filhos, que hoje carregam o legado da mãe por todo o Brasil.

Quatro décadas após a inauguração bem-sucedida, responsável por abrir portas para as lojas de Salvador, Brasília e São Paulo, as receitas da casa ainda são as criadas naquela época por Dona Ivone.

Apesar do menu vasto, com opções como vatapá (R$ 28,90) e acarajé (R$ 33,50), o carro-chefe do menu são as moquecas, que dão nome ao restaurante. O maior destaque fica por conta da de camarão (R$ 235,50), acompanhada por arroz, pirão e farofa. Também há opção de moqueca de pescada amarela (R$ 223,90 — 2 pessoas) e moqueca de filé de badejo (R$ 247,90 — 2 pessoas).

Estrela do menu

Em atividade há mais de 20 anos, o Manzuá é ponto de referência para os que procuram um bom restaurante de frutos do mar no Pontão do Lago Sul. Na casa, a moqueca é parte marcante do menu, com destaque para a de peixe (R$ 291,90). Os pratos são feitos com leite de coco e leite de dendê, e acompanhados por arroz branco, pirão de peixe e farofa. Outras opções são a moqueca de lagosta (R$ 357 — três pessoas) e a sinfonia marítima (R$ 399 — três pessoas), feita com peixe, camarão, sururu, lagosta, polvo, lula e mexilhões.

 

 


postado em 22/11/2024 06:00
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