Música

Filhos de Dona Maria celebram raízes africanas com samba neste domingo

Filhos de Dona Maria leva o samba de raiz à Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro

Amílcar e Khalil fazem parte do Filhos de Dona Maria
 -  (crédito: DAVI MELLO)
Amílcar e Khalil fazem parte do Filhos de Dona Maria - (crédito: DAVI MELLO)

Neste domingo (17/11), a Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro recebe o samba diretamente da raiz. Formado por Amílcar Paré e Khalil Santarém, o grupo brasiliense Filhos de Dona Maria é a mistura perfeita entre o ritmo brasileiro e as origens da cultura africana, como a chula, o ijexá, o jongo e a capoeira. A apresentação começa às 16h, com ingresso a partir de R$7, disponíveis no site da Sympla. 

Os Filhos de Dona Maria estão na estrada desde 2011, com presença marcada em festivais importantes no Brasil e no exterior. Daí em diante, eles se tornaram os principais nomes na disseminação da cultura negra entrelaçada ao ritmo. "A gente começou de uma forma muito espontânea e, por isso, a gente precisou acertar muitas coisas com o trabalho já na estrada. Acredito que estamos na nossa melhor fase e a repercussão do que a gente tem feito reflete essa certeza", afirma Khalil Santarém ao Correio. 

Em 2015, lançaram seu primeiro disco, Todos os Prazeres. Gravado em Planaltina, o trabalho de estreia reforça o principal ideal do grupo, apresentar o samba e seu enlace com as tradições sagradas de matriz africana e a ancestralidade negra da música brasileira. "A relação com o sagrado influencia em tudo porque ela é que nos dá uma compreensão mais abrangente do que é o samba. O samba como gênero musical não existiria sem as espiritualidades de matriz africana. Todas as nossas composições partem desse ponto de vista", explica Khalil. 

Com participações especiais de intérpretes importantes da música contemporânea, incluindo Fabiana Cozza, Afoxé Alafin Oyó e Wilson Moreira, o álbum chegou até em Moçambique durante a turnê de 2016. "Eu julgo que o maior desafio foi encarar essa responsabilidade de representar o Brasil no festival nacional de cultura. A maior recompensa foi a troca com o povo e a cultura. A experiência fez com que a gente se enxergasse em perspectiva dentro do universo que é a música africana", finaliza Khalil.

*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira

 


postado em 15/11/2024 07:00
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