Artes visuais

Exposição de Rafael da Escóssia traz obras em parceria com artistas do DF

Exposição de Rafael da Escóssia no Museu Nacional da República propõe reflexão sobre identidade e coautoria

Com obras que fazem uma reflexão voltada para as instituições de arte, o artista e advogado Rafael da Escóssia propõe repensar noções como autoria e prática artística na exposição Garotão de prata e regatinha sobre rosa choque, em cartaz na Galeria 3 do Museu Nacional da República. Com 29 obras assinadas por 24 artistas, a exposição é também uma experiência que Escóssia costuma realizar com frequência. "A parceria artística é uma forma minha de trabalhar desde que comecei a pesquisar artes visuais, em 2017. É um hábito meu trabalhar num esquema de coautoria", avisa o artista. 

A obra que originou a série mostrada no museu nasceu de uma parceria com o também artista Gustavo Silvamaral. Escóssia encomendou ao colega uma pintura com palavras escritas em preto sobe fundo rosa. A partir daí, ele estendeu o convite para outros artistas até reunir as obras de Garotão de prata e regatinha sobre rosa choque. "É uma exposição coletiva, podemos dizer, mas, ao mesmo tempo, é individual, porque todos os trabalhos são assinados por mim também", avisa. "Eu tenho um papel protagonista na exposição exatamente por causa da parceria com os artistas: fiz o convite e desenvolvemos os trabalhos em parceria. Todos os trabalhos são assinados em coautoria."

As pinturas trazem palavras que criticam as instituições. São trabalhos autorreflexivos, cada um com uma especificidade, e que podem ser desmembrados. "De forma geral, eles refletem sobre a própria prática artística, as instituições da arte contemporânea, o relacionamento entre os agentes que compõem esse campo visual, a relação dos artistas com o mercado", explica Escóssia. A exposição se divide em três grandes temas: relações humanas e interpessoais, mercado e relação entre curador e artista. Além disso, questões que tratam de identidade percorrem toda a exposição. "Tem esse jogo entre o que é identitário na minha pesquisa e na pesquisa das pessoas com quem assino", avisa o artista.

 


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