CINEMA

A cinebiografia de Silvio Santos estreia nos cinemas brasileiros

O filme retrata o sequestro, onde o apresentador mais famoso do Brasil, foi feito de refém por sete horas. Leia a crítica

Baseado em fatos reais, Silvio estreou ontem nos cinemas -  (crédito:  Andre Cherri/ Imagem Filmes/ Divulgação)
Baseado em fatos reais, Silvio estreou ontem nos cinemas - (crédito: Andre Cherri/ Imagem Filmes/ Divulgação)

Silvio Santos foi um dos maiores apresentadores e comunicadores da história do Brasil. A trajetória de parte da vida do apresentador chegou aos cinemas. O filme não é considerado um documentário, mas uma ficção baseada em fatos reais. Interpretado, na maior parte do longa, pelo apresentador e ator Rodrigo Faro, Silvio busca mostrar ao público faces do Senor Abravanel.  

Dirigido por Marcelo Antunez, o filme tem como acontecimento principal o sequestro do apresentador em 2001. A filha Patrícia Abravanel foi sequestrada e devolvida após o pagamento do resgate. Doze horas depois, Fernando Dutra Pinto invade a casa de Silvio e o mantém refém por sete horas. Durante o tempo com Fernando, Silvio relembra momentos de sua vida pessoal e profissional. 

Um dos pontos positivos do filme é a representação de Senor Abravanel por completo. O longa não esconde os defeitos, como a ganância, do apresentador e retrata os conflitos do seu primeiro casamento com Maria Aparecida Vieira, mãe de Cintia e Silvia. A atuação de Rodrigo Faro não é um destaque, o personagem de Faro é representado de forma bem simples e comedida, e acaba não impressionado. Johnnas Oliva, que interpreta o sequestrador Fernando, vai muito bem na dramaticidade do seu papel e se destaca na tela. 

O filme utiliza três atores para interpretar o Sílvio Santos. Fellipe Castro interpreta o apresentador bem novo, antes de entrar no meio televisivo e faz um belo trabalho. Vinicius Ricci aparece para interpretar a entrada de Silvio na rádio e também satisfaz. Faro interpreta o comunicador no início do SBT e mais velho, no sequestro. Apesar de ter ido bem nas cenas com Silvio mais novo, a caracterização do personagem no sequestro não é boa e distrai o espectador. 

Com flashbacks durante toda a narrativa, o longa passa pelo Silvio Santos camelô, locutor da rádio Guanabara, sua história com Manuel de Nóbrega e o início do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). A construção de passado e presente é interessante na trama e não fica tedioso. 

Apesar de não ser uma grande decepção, o filme não traz nada muito emotivo, mesmo nos momentos que se propõem a emocionar. Para aqueles que amam o comunicador, a experiência é válida. 

 

*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira

 

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postado em 13/09/2024 07:05
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