O documentário premiado Black Rio! Black Power! chegou aos cinemas ontem. O filme, dirigido por Emílio Domingos, mostra a origem dos bailes voltados para a comunidade negra, como uma resposta à opressão racial e social que a população negra enfrentava nos anos 1970. O movimento ficou conhecido como Black Rio.
Asfilófio de Oliveira Filho (Dom Filó), líder do movimento, além dos músicos Carlos Dafé, Marquinhos de Oswaldo Cruz e o escritor Carlos Alberto Medeiros são algumas das personalidades do documentário que relembram como o movimento foi difundido no Rio de Janeiro. Os depoimentos são gravados no Grêmio Social Esportivo Rocha Miranda, clube da Zona Norte, que ficou conhecido como Templo Soul. Nos bailes, era incentivado o orgulho negro ao som de soul music e era o momento de a negritude carioca se divertir e relembrar da sua potência.
O documentário traz uma história muito bonita da transformação cultural que mudou a vida de jovens negros no Rio. Com imagens de arquivos dos bailes da época, o filme relembra as inovações que a comunidade criou no formato de bailes cariocas. O uso do black power era mais um sinal de resistência e ficou marcado no movimento.
A montagem do documentário coloca o espectador na noite carioca, com imagens de arquivo daquele momento. Os depoimentos carregam diferentes pontos de vista da mesma história, de cada participante da revolução cultural.
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