Cinema

Variedade nacional: três longas estreiam no circuito de cinema

Conturbadas relações familiares, artes plásticas e música puxam temas dos longa-metragens nacionais que entram em cartaz

Presença: muitas crenças se fundem na telona -  (crédito:  Livres Filmes)
Presença: muitas crenças se fundem na telona - (crédito: Livres Filmes)

Duas novas produções brasileiras, ao lado de Filho de boi, ocupam a tela do Cine Brasília (EQS 106/107). O drama Estranho caminho ocupa a faixa das 20h, apostando numa trama extraordinária. Do mesmo diretor de Os monstros, Guto Parente, o filme explora a inesperada e inconstante relação entre o cineasta David (Lucas Limeira, visto em Cabeça de nêgo) e o pai dele Geraldo (Carlos Francisco, de Marte Um).  No Festival de Tribeca (Estados Unidos), o filme conquistou prêmios de melhor filme, melhor roteiro, melhor fotografia e melhor performance para Carlos Francisco. Apostando em um cinema de risco, Parente centra a ação em Fortaleza, durante a pandemia e revela a forçada aproximação entre os dois homens. No Festival do Rio, Estranho caminho conquistou prêmios de melhor ator coadjuvante e de roteiro. O filme conquistou prêmios  de melhor filme, melhor roteiro, melhor fotografia e melhor performance para Carlos Francisco.

Hoje (2/8) e no domingo (4/8), às 16h, o Cine Brasília exibirá Presença, e, no sábado (3/8), às 18h. Primeiro longa de Erly Vieira Jr., o documentário traz parte da vida de três artistas afundados em performance e valores espirituais. As trajetórias se fundem, por serem afro-brasileiros e membros da comunidade LGBT. O filme capixaba expõe objetos diferenciados de arte, uma vez que Marcos Vinícius, Rubiane Maia e a curandeira Castiel Vitorino Brasileiro colocam o corpo a serviço da arte.

Antena com a vanguarda

Produzido pela dupla Caroline Kotscho (roteirista do filme sobre Hebe Camargo) e Clara Ramos (do longa Fé para o impossível), a produção documental A música natureza de Léa Freire, de Lucas Weglinski, traz ao primeiro plano a vida e obra da instrumentista celebrada no exterior, mas pouco conhecida no Brasil, Léa Freire. Transitando entre o erudito e o popular, ela se tornou arranjadora sinfônica e tem a trajetória salpicada por improvisos de jazz. O longa estreia no país, depois de ser visto em eventos suíços em Bern e no Vision du Réel, além dos circuitos diferenciados de Tóquio (Japão) e Toronto (Canadá). Ao cercar a vida de Léa, há um traçado do painel paulistano de vanguarda armado desde os anos de 1960 no Brasil.

 

 

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postado em 02/08/2024 08:10
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