Música

Mistura entre música clássica e MPB é proposta do Quarteto Akhtamar

Um encontro entre a música clássica e a MPB é a proposta do cantor Bruno Resende e do Quarteto Akhtamar

Uma mistura entre Dorival Caymmi, Cartola e a música erudita é a proposta do baixo tenor Bruno Resende e do Quarteto Akhtamar para o Concerto rosas ao verde mar, em cartaz neste sábado (27/7) e no domingo (28/7), no Teatro Sesc Paulo Autran, em Taguatinga. "Esse projeto é uma homenagem a dois grandes compositores, o homem das rosas e o homem do mar. A ideia era dar uma outra roupagem para esses ídolos da música brasileira promovendo essa mistura cultural", explica Resende

Com arranjos de Fernando de Almeida Barros, canções como O mar, A lenda do Abaeté e Saudade de Itapoã, de Caymmi, e O que é feito de você e As rosas não falam, de Cartola, ganharam um meio termo entre a MPB e a música erudita. Bruno Resende escolheu os compositores por causa da riqueza harmônica e do lirismo das composições. Brasiliense que estudou na Universidade de Brasília e hoje canta na Opéra Royal de Wallonie (Bélgica), Resende procura inserir a música brasileira nos repertórios europeus. O Quarteto Akhtamar é formado por músicos da Bélgica e da França e tem dois discos gravados.

Cartola e Caymmi são músicos que sempre fascinaram o cantor. "As melodias que Cartola cria são muito interessantes e ricas, ele passa por um âmbito que se presta a ser cantado de forma lírica, além da poesia dele, que é maravilhosa. Isso, para compositores clássicos, é uma boa base", diz o músico. De Caymmi, ele sempre ficou impressionado com a capacidade de criar ambientes sonoros capazes de transportar o ouvinte. "Por isso eu tinha certeza de que isso poderia ser adaptado para uma  linguagem mais clássica." 

Nesta sexta-feira (26/7), no Teatro dos Bancários, Bruno e o Akhtamar realizam o concerto Epopées, mais voltado para a música clássica francesa e com arranjos de Raphael Freitas. No repertório estão o Quarteto de cordas, de  Debussy, que o quarteto gravou no último CD, e coisas mais épicas, como dois ciclos de canções sobre Dom Quixote escritos por Maurice Ravel e Jacques Ibert.

 


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