Crítica

Tudo pelos ares: do roteiro à lógica, pouco fica em pé, em 'Twisters'

Com quase 30 anos de diferença do original, o novo filme-catástrofe Twisters diverte muito pouco

Crítica // Twisters ★★

Na cauda do vistoso cometa que promete se tornar a bilheteria do filme de catástrofe Twisters, estrelado por Daisy-Edgar Jones (das séries Normal people e War of the worlds), se puxa uma genética de sucesso. Foi nos anos de 1990, com nomes do autor Michael Crichton (de Parque dos dinossauros) e do diretor neerlandês Jan de Bont (de Velocidade máxima e Lara Croft), que se estruturou uma sólida produção (ainda assinada por Spielberg) e que marcou época: Twister.

Quase 30 anos depois, o clima apertou, com toda a torrente de mudanças bruscas refletidas no cotidiano. Daí o momento oportuno do diretor Lee Isaac Chung (que muda por completo a paleta, desde o drama Minari) impulsionar Twisters, um derivado do longa clássico?! de 1996.

Um projeto de ciência comandado pela jovem Kate (Jones), em contraponto à força da natureza aponta para uma jornada olímpica, que culmina com um desastre reservado à pequena cidade de El Reno. O clima de apagões de energia e de rivalidade que compuseram o filme de 1996, repetem-se agora, rearranjados. A interação junto a tornados, criam o corre-corre para porões e ainda alavanca a popularidade de pessoas em canais da internet. Com uso de drones, e destemidos frente a fatores imprevisíveis, amigos do exibido Tyler Owens (papel de Glen Powell) criam uma rede para a fama dele no YouTube.

Com cenas impactantes em um cinema, e quedas de objetos dos mais variados (a caixa d´água é inesquecível), a devastação estabelece a sensação de um filme de terror, mas com um quê da bobageira vista em Transformers. Haja carro voando.

 

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