Joana Duah adora pesquisar o lado B da música brasileira e, dessa vez, o resultado é um projeto que ela apresenta no sábado (6/7), no evento Som lá em casa, e em show na Infinu, no domingo (7/7). No repertório de Estradar, Joana incluiu compositores conhecidos, mas com títulos nem sempre óbvios. Assim, uma lista que tem Dança do corrupião (Edu Lobo/ Paulo César Pinheiro), Baião da Guanabara (Guinga/Mauro Aguiar), Damião (Douglas Germano e Everaldo Silva), Guerra santa (Gilberto Gil), Iracema (Chico Buarque), Because ousa (Danny Black e João Guarizo) convida o público para uma descoberta. "É um repertório que, basicamente, 99% eu nunca cantei", avisa Joana.
No palco, ela conta com a companhia de Lula Galvão (violão), Paula Zimbres (baixo), Thanise Silva (flauta) e Rodrigo Bezerra (guitarra). Essa é a primeira vez que Joana opta por uma formação sem bateria e sem percussão. "O desafio é que a voz fica escancarada. Mas eu queria priorizar arranjos de sopro e vocais, e que essas sutilezas fossem super percebidas. É desafiador porque estou muito exposta e acho que todo o grupo fica mais exposto", diz.
Criado há oito anos por Pablo Fagundes com a intenção de realizar shows mais intimistas, o Som lá em casa é realizado na casa do gaitista, que criou um espaço para receber os amigos. Por lá, já passaram nomes como Ted Falcon. Michael Tracy, o pianista e compositor francês Marco Poingt, Ian Cury e Larissa Umaytá.
Foram mais de 90 shows, sempre combinados com a presença de um chef da cidade, que fica por conta dos comes e bebes. "A ideia começou como o nome diz, vamos fazer um som lá em casa, a gente sempre fez, recebendo os amigos", conta Fagundes. "Virou um ponto de encontro dos artistas, uma opção de um lugar para tocar, um lugar que respeita música. A gente faz tudo isso para acontecer a mágica da interação entre a música e pessoas atentas, e isso vem ganhando corpo." O espaço comporta, no máximo, 100 pessoas e os ingressos podem ser adquiridos por um link disponibilizado no @umsomláem casa, no Instagram.