Crítica// Assassino por acaso ★★★
Na moda, por filmes como Top Gun: Maverick e Todos menos você, o ator Glen Powell encontra novos espaços, tanto como comediante quanto como coautor de roteiro, neste novo filme de Richard Linklater, que, depois de trajetória com filmes como Boyhood e Waking life, se renova.
Leve, Assassino por acaso — que também é estrelado por Adria Arjona (de títulos como Pacific rim e Morbius) — vem ligeiramente baseado na vida de Gary Johnson, morto há dois anos. Um artigo de revista, chamado Texas monthly, inspirou a fita que investe no cotidiano de insuspeito matador de aluguel fake: com tudo acordado (com quem o contrata), Gary, um infiltrado da polícia de Nova Orleans, simplesmente vê o circo pegar fogo, ao testemunhar a prisão das mentes por trás de crimes (por ele) evitados.
Antes do evolvimento com a sedutora Madison (Adria), Gary se vê em atrito com o colega Jasper (Austin Amelio) de quem se torna substituto. Daí, ainda amador, ao lado de personagens divertidos feitos por Retta e Sanjay Rao, Gary se torna uma piada como amador e rei da encenação, que acumula verve de paquerador e objeto de fantasias.
Com uma expressão marota, Glen Powel carrega, como boa-praça, um mundo de ilusão e convencimento. Na era dos cancelamentos, ele representa o suprassumo da eliminação de CPFs. Enredado, ele alimenta toda a graça do filme. Numa das boas piadas, em casa ele cuida de dois gatos de estimação: Id e Ego.
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