Gastronomia

Quer comer com música? Confira um roteiro com essa combinação

Tradição na cidade, os sambas de Brasília embalam os fins de semana, aproximando o público brasiliense do melhor da gastronomia e da música

Parrilla com as mãos do Na Seis -  (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Parrilla com as mãos do Na Seis - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)

A conhecida capital do rock se transforma, cada dia mais, na capital do samba. Nos últimos anos, Brasília foi tomada pelas tradicionais rodas do estilo musical nascido no Rio de Janeiro, e, nos bares e restaurantes da cidade, o ritmo envolvente toma conta. Atrás dos mais agitados batuques, o público brasiliense une à fome com a vontade de comer e vai atrás do verdadeiro sabor do samba fim de semana adentro. 

Assim como os amigos, familiares e uma boa cervejinha gelada, os petiscos e tira-gostos também fazem parte da experiência que os sambas proporcionam. "O samba e a culinária se complementam em meio a muitos assuntos e risadas, nas mesas que guardam segredos e muitas histórias", avalia Jarbas Pardim, proprietário do Bar Pardim, espaço sinônimo de samba na capital. 

Ditado também pelo ritmo do gênero, o Calaf Brasília é um dos principais bares da cidade que exala gastronomia e samba. "A conexão entre gastronomia de bar e samba é inimaginável. Absolutamente tudo combina com a alegria do samba ao vivo", observa o proprietário Venceslau Calaf.

Com a chegada do fim de semana, nada melhor do que se organizar para curtir um bom samba e as delícias que acompanham o ritmo. Por isso, o Divirta-se Mais selecionou seis bares e restaurantes da cidade que aproximam o samba e a gastronomia em uma saborosa mistura de sabores. Confira!

Sambinha a céu aberto

Localizado no meio da W3 Norte, o Na Seis Comida de Bar é uma opção mais do que especial para curtir aquele sambinha com petiscos de boteco. O destaque do estabelecimento fica para o próprio espaço do bar, uma vez que as mesas, dispostas a céu aberto, prezam pela integração entre clientes, que não medem esforços para cair nos gracejos do samba. "O samba é informal, assim como nosso bar", garante o sócio-proprietário Jomilton Júnior.

Para os que querem cair nas graças do samba, que, na casa, ocorre nas sextas, às 18h, e aos sábados, às 19h, Júnior recomenda o petisco parrilla com as mãos (de R$ 14 a R$ 46), porções de carne cortada para comer com as mãos, acompanhada por batata bolinha e farofa. Outra indicação é a seleção de petiscos (R$ 47), um mix da casa com dois bolinhos de cupim, dois croquetes de costela e duas coxinhas de galeto.

A harmonização dos tira-gostos fica por conta das bebidas mais populares do cardápio, o gin com tangerina e maracujá (R$ 35) e a caipiroska com rapadura (R$ 35), feita à base de limão-cravo. "A nossa caipiroska é um drinque sensacional, que todo mundo adora. É a bebida que mais vendemos", afirma Júnior. 

 

Tradição que contagia

Conhecido point entre os apreciadores do bom samba de fim de semana, o Calaf Brasília é um tradicional bar e restaurante no coração da cidade, mais precisamente no Setor Bancário Sul. A casa é famosa pelas festas e shows que sedia, ao fazer valer a noção de que um bom petisco sempre pede para ser acompanhado pelo melhor do samba. Afinal, são quase 35 anos que o Calaf é palco certo para o melhor dos programas de fim de semana: roda de samba acompanhada de uma seleção de petiscos e cerveja gelada.

Além de receber inúmeras atividades culturais, como baladas e rodas de pagode, o bar oferece uma variedade de petiscos e pratos feitos especialmente para curtir o melhor da brasilidade carregada no verso de cada samba. Para a ocasião das clássicas apresentações de samba — vale a pena conferir a agenda da casa —, a cozinha do chef Venceslau Calaf é especializada no preparo de deliciosos petiscos para acompanhar os batuques ritmados e a ginga de quem se atreva a cair na pista.

O destaque da casa fica para o cardápio de petiscos, que inclui a porção de bolinho de feijoada (R$ 30) e a batata brava (R$ 35), fritas com maionese de alho, opções que caíram no gosto dos frequentadores mais assíduos. Para harmonizar com os petiscos oferecidos, o bar do Outro Calaf dispõe de uma seleção de drinques autorais, como o maracugim (R$ 28), uma infusão de gim com jambu, maracujá e água tônica para ornar com o restante do menu.

No compasso do samba

Reduto predileto de universitários e professores, o Bar Pardim, localizado no comércio local da 405 Norte, rapidamente se tornou um dos botecos mais simbólicos da cidade. Isso porque oferece a junção perfeita entre tradicionais petiscos de bar e samba ao vivo, tudo isso em um espaço confortável e receptivo para todos os que desejem conhecer o estabelecimento. As rodas de samba, por exemplo, ocorrem, religiosamente, nas sextas e nos sábados, sempre regadas a muita feijoada.

Em funcionamento desde 2010, o Pardim é conhecido pelas rodas de samba e pelo tradicional sanduíche de pernil (R$ 24,90), preparado no capricho para ser acompanhado daquela cervejinha gelada. Jarbas Pardim, proprietário do bar, reconhece a fusão certeira entre comida de bar e samba. "Penso que é uma casadinha perfeita. Samba com feijoada, samba com sanduíche de pernil, samba e comidinhas de boteco, preparadas com produtos de primeira e com receitas para lá de especiais", comenta Jarbas.

Outro destaque do cardápio são as iscas de fígado com jiló (R$ 29,90), que atraem o público apaixonado por um prato de boteco bem preparado e temperado. Para harmonizar com os petiscos servidos, Jarbas recomenda a caipirinha da casa (R$ 16,90), preparada segundo a receita original de cachaça com limão.

Ritmo do litoral

Gênero nascido no Rio de Janeiro, nada remete mais ao samba do que o litoral brasileiro. Aproximando o quadradinho do cheiro das marés e das barracas de praia, o Casa Mar, inaugurado em 2023, reúne boteco, comida raiz e um dos gêneros mais amados do país na comercial da 306 Sul. “Somos copo americano e comida gostosa”, define a chef Renata Carvalho. Na casa, as apresentações musicais animam o público brasiliense de quinta a domingo, que também aproveitam da ocasião para se deliciarem com petiscos, como ocaldinho de sururu (R$ 23), a linguiça flambada na cachaça (R$ 43) e a coxinha de bobó (R$ 22 — 2 unidades).

O happy hour ideal

Aos sábados e domingos, é o samba que dá o tom no Villa Butiquim. A casa, que busca oferecer aos clientes uma experiência gastronômica diferenciada, reúne no menu uma variedade de pratos, que abrange desde entradas quentes e frias a sobremesas. Para os amantes da boa música, as opções que sobressaem, no entanto, são os petiscos — com destaque para a carne de sol (R$ 99,90). O estabelecimento também funciona em formato de happy hour, de segunda a sexta, das 15h às 9h, e sábado e domingo, das 11h30 às 18h. Durante as promoções, o tira-gosto sai por R$ 69,90, enquanto as opções de chopp artesanal são vendidas a R$ 4,99 e as caipirinhas, R$ 9,90.

Harmonia perfeita

Bar amado da 203 Norte, o Primo Pobre virou sinônimo de samba nos fins de semana da capital. Além de uma extensa carta de drinques e cervejas, que acompanham perfeitamente uma boa batucada, a casa conta com petiscos ideais para a ocasião. No menu, os destaques ficam por conta da galinha no pão (R$ 35), pão francês com maionese da casa, coração de galinha, vinagrete e farofa da casa, e o meio da asa (R$ 40), asa de frango temperada e frita ao molho de cerveja preta, pimenta-sriracha, cebolinha e sour cream.

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postado em 17/05/2024 06:00
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