O DJ e produtor musical Alok Petrillo é a principal atração do show em comemoração aos 64 anos de Brasília, neste sábado (20/4), às 21h30, na Esplanada dos Ministérios. Não é todo dia que se vê um artista do porte de Alok — que constantemente figura nas listas de melhores DJs do mundo — se apresentar em um evento gratuito, motivado unicamente pelo apreço por Brasília, cidade que o abraçou desde o início da carreira na música eletrônica.
Filho dos DJs de psy trance Juarez Petrillo — o DJ Swarup — e Ekanta Jake, além de irmão gêmeo do produtor musical Bhaskar, Alok encontrou na família incentivo perfeito para seguir carreira na discotecagem. Nascido em Goiânia, mudou-se para a Holanda durante os primeiros anos de vida, país onde se apaixonou pela música. Ao voltar para o Brasil, Alok se instalou em Brasília, cidade que foi palco do primeiro de muitos shows que faria ao longo da carreira. Nessa época, ao lado de Bhaskar, fundou o projeto de música eletrônica Lógica, que levou a dupla a se apresentar em vários países do mundo.
Por ser a cidade única que é, Brasília não poderia exigir por menos na véspera de completar 64 anos desde que foi inaugurada, em 1960. Para o show de Alok, um palco foi montado na Esplanada dos Ministérios. De estrutura metálica, o set será comandado do topo de uma pirâmide montada especialmente para a ocasião, com imensos telões e projeções de luz típicas das apresentações do DJ. O mesmo modelo de palco foi utilizado para o show realizado por Alok na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, durante as comemorações do centenário do Copacabana Palace, em agosto de 2023.
O estilo musical de Alok é variado. Afinal, Juarez e Ekanta são pioneiros dentro do cenário, considerados precursores do psy trance — vertente da música eletrônica que mistura batidas rápidas, produzidas com sintetizadores, e elementos psicodélicos — no Brasil. Com óbvia inspiração no trabalho dos pais, o DJ produz faixas que se estendem do funk ao pop, do dance a house music. Sucessos como Ocean, Never let me go e Fuego podem ser esperados pelo público da capital, além do smash hit de 2016, Hear me now, que detém o feito de ser a primeira música brasileira a bater 500 milhões de audições no Spotify.
Ativista da causa indígena, Alok é fundador e presidente do Instituto Alok, associação sem fins lucrativos que dedica esforços para a conservação e manutenção de projetos sociais ligados, por exemplo, ao acesso alimentar, promoção cultural e reflorestamento de áreas desmatadas.
*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco