Crítica // Ghostbusters: Apocalipse de gelo // ★ ★ ★
Uma equipe meio despreparada atua, paralelamente, às duas forças oficiais concentradas na nova aventura dirigida pelo inglês Gil Kenan. Para além de Gary (Paul Rudd) e Callie (Carrie Coon) junto com familiares, e ainda dos antigos caça-fantasmas, em que persistem Winston (Ernie Hudson), Ray (Dan Aykroyd) e Peter (Bill Murray), a jovem Phoebe (Mckenna Grace) busca seu flanco de atuação quase independente para espantar as assombrações. O grande problema é que todos seguem algo desacreditados e vistos de modo atravessado por autoridades.
Extração de ectoplasmas, animação de estátuas de pedra e a ameaça do planeta, seja por gelo ou fogo, agitam toda a patota que ganha o reforço do inseguro Naddem (Kumail Nanjiani). Como se nota, há um excesso de personagens na trama em que, não apenas a casa dos bombeiros (em que vive a rara prole de Gary) é posta em risco, mas no qual um artefato arcaico jocosamente chamado de Testículo do Diabo ameaça impor uma segunda A era do gelo para todos. Muitas piadas trazem sarcasmo e outras reavivam a graça (diluída) dos caça-fantasmas que chegaram à chamada "melhor idade".
As entradas e saídas, do nada, criam uma certa confusão no roteiro assinado pelo (falecido) Ivan e Jason Reitman, pai e filho, pela ordem, (além do diretor). Com apelo retrô-futurista, o clássico rabecão divide espaço com drones e novas geringonças. Além da divertida presença da esperta Phoebe (que vive um momento bem Disney, leia-se, à la Elementos), o filme aposta na divertida coroação do Mestre do Fogo e traz a sempre graciosa interação dos pequenos fantasmas com cara de marshmallow.