Mesclar uma introdução à música clássica com o universo da composição contemporânea e levar o público a compreender os meandros da criação musical era um dos objetivos do produtor Gustavo Nunes quando começou a trabalhar no musical A fabulosa fábrica de música, em cartaz no Teatro Unip, amanhã e domingo.
No palco, três crianças preparam uma apresentação de fim de ano quando quebram uma caixinha mágica e a música desaparece do mundo. Para ajudá-los, os três fundamentos da música — a harmonia, o ritmo e a melodia — se transformam em personagens e se apresentam como soldados da música. Ludwig van Beethoven também se personifica como um aliado importante do grupo. A partir daí, a história se desenvolve para que as crianças possam devolver a música ao mundo. "As crianças aprendem essa estrutura musical sem perceber, porque estão envolvidas com a história", explica Gustavo, que queria um espetáculo nada didático e muito lúdico para aproximar o público do universo da música erudita.
Além de composições de Beethoven, como a Sinfonia nº 5, o repertório musical traz composições de Gilberto Gil, Melim e Gloria Groove. "A gente queria um conteúdo que pudesse agregar a família. E a música é uma linguagem universal. Abordar a estrutura da música foi o segundo passo. Sempre tive vontade de mostrar um pouco do Beethoven e da música clássica, esse gênero fenomenal que as pessoas conhecem pouco, mas que todo mundo já ouviu. Todo mundo já ouviu, por exemplo, a quinta sinfonia", diz Gustavo. "A gente trabalha com a magia, com o lúdico."
Com direção de Roberto Bomtempo e texto original de Adalberto Neto, o musical tem elenco formado pelos globais Esther Samuell (The Voice Kid), Manu Estevão (da novela Vai na fé e da série Vicky e a musa) e Pietro Cheuen (novela Todas as flores), todos nos papéis infantis. Além deles, seis adultos completam o elenco.
A intenção inicial do espetáculo era aproximar o público da criação musical, mas também refletir sobre a importância da presença da música na vida das pessoas. "A gente está tão acostumado que parece banal, mas quando a gente fica sem é que sente. Eu não consigo ser feliz sem música", garante Gustavo. Valorizar a música também é um dos objetivos do espetáculo, que tem ainda uma forte preocupação com a inclusão. "Temos um elenco com uma diversidade enorme em termos de representatividade. E não é para cumprir tabela, mas porque os personagens exigem isso", avisa Gustavo.
Serviço
A fabulosa fábrica de música, o musical
Amanhã, às 19h, e domingo, às 16h e às 19h, no Teatro Unip (SGAS 913). Ingressos: R$ 19,90 (meia) a R$ 120 (inteira). À venda pelo site Sympla