Artes visuais

Novos talentos são o foco de exposição na galeria A pilastra

Exposição na galeria A Pilastra investe em jovens artistas com o objetivo de estimular e facilitar a inserção no mercado

Registro da exposição Ilhó, em cartaz na galeria A Pilastra -  (crédito: Camila Netto)
Registro da exposição Ilhó, em cartaz na galeria A Pilastra - (crédito: Camila Netto)

A Pilastra, a exposição Ilhó reúne 12 artistas selecionados em um projeto de mapeamento de novos talentos que está na segunda edição. A ideia é proporcionar a formação e profissionalização de novos artistas. "Aqui, em Brasília, a gente está vivendo um fenômeno que fez crescer nosso sistema. Nos últimos anos surgiram espaços culturais, galerias. Ao mesmo tempo, existe uma circulação grande dos mesmos nomes", repara Gisele Lima, curadora da exposição. "A Pilastra tem esse caráter formativo e de ser o lugar de primeiras vezes. E a gente quis se manter fiel a isso, nos recusamos a circular os mesmos nomes e queremos ser esse lugar de primeira exposição".

Um total de 88 artistas atendeu à chamada. Desses, o time de curadoras formado por Gisele, Melissa Alves e Laura Samily escolheu 12 nomes. Além da coletiva, eles passam por mentorias de portfólio, precificação dos trabalhos, gestão e posicionamento para as redes sociais e acompanhamento curatorial. Eles também participaram de uma roda de conversas sobre a inserção de novos artistas no sistema de arte. "A maioria dos editais seleciona melhores currículos. Ilhó não, quanto menos exposições os artistas tiverem, mais chance de serem selecionados. A gente faz esse processo de formação mesmo", avisa Gisele.

O resultado é uma exposição bastante diversa, com obras em suportes variados como fotografia, videoperformance, escultura e livro de artista. "Tem um pouco desse caráter de salão, com uma amostra do trabalho de cada um", diz a curadora. Entre os destaques, está o trabalho de Morena, artista indígena que apresenta três vídeos sobre o território indígena próximo ao Setor Noroeste e a luta pela demarcação. "Acho que tem uma relação muito forte de casa, território e ancestralidade em todos os trabalhos, essa relação do dentro e do fora de casa. É uma mostra do melhor de cada um desses artistas, que têm uma produção excepcional", garante Gisele Lima.

 


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postado em 19/01/2024 06:49
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