Wanda Sá, representante da segunda fase da bossa nova, está de volta a Brasília para apresentação no Espaço Cultural do Choro, ao lado de Nelson Faria, músico mineiro, que iniciou a trajetória musical na cidade, radicado no Rio de Janeiro desde a década de 1990. Eles têm a companhia do trio formado por Oswaldo Amorim (baixo), Misael Silvestre (teclados) e Pedro Almeida (bateria).
Bossa sempre Nova é o título do show que os dois fazem hoje, às 20h30, tendo como referência o álbum homônimo que lançaram em 2022 pela gravadora Biscoito Fino, com canções — em sua maioria — menos conhecidas do movimento que trouxe modernidade à música popular brasileira.
"Quando pensei neste projeto, minha ideia era jogar luz sobre compositores pouco gravados, pouco badalados e músicas que não chegaram a fazer sucesso, mas nem por isso são menos importantes", destaca Wanda. "Tive, então, a ideia de convidar o Nelsinho para compartilhar comigo das canções, além de criar os arranjos, assinar a direção musical e cantar comigo uma das faixas", acrescenta.
"Ao receber o convite de Wanda, aceitei prazerosamente e nos reunimos para desenvolver o projeto idealizado por ela, responsável também pela definição do repertório. Conhecia bem parte das composições selecionadas", comenta o violonista e compositor, que, na década de 1980, acompanhou Cássia Eller e Zélia Duncan, em casas noturnas brasilienses.
O critério definido por Wanda para a escolha das músicas foi o da possibilidade de criar novas versões para elas, até porque no entendimento da cantora, "a bossa sempre se renova". O set list traz, entre outras, Chora tua tristeza (Oscar Castro Neves), Duas contas (Garoto), Eu sei que vou te amar (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), Manhã de carnaval (Luiz Bonfá e Antônio Maria), Ouça (Maísa), além de Vagamente, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, que deu nome ao disco mais conhecido da cantora.