Artes cênicas

Festival Dulcina reúne 17 espetáculos do Brasil e do mundo

Festival Dulcina ocupa palcos da cidade com 17 espetáculos de todas as regiões do Brasil e do DF, além de uma peça internacional

Com uma homenagem ao dramaturgo Alexandre Ribondi e um espetáculo internacional pela primeira vez na programação, o Festival Dulcina está de volta em uma terceira edição que vai ocupar, além do Espaço Cultural Renato Russo, teatros do Sesc na Ceilândia, em Taguatinga, no Gama e na Asa Norte.

No total, 17 peças integram o evento, que tem início hoje e segue até dia 19 de novembro. "O evento está começando a criar mais corpo e a gente vai ficando mais seguro dos processos. É um evento que está vindo para ficar e temos algumas novidades este ano", avisa Cléber Lopes, idealizador do festival. Astrálago, da companhia peruana Ópalo Teatro, traz para a cena uma dramaturgia inspirada em fatos reais. A peça faz uma denúncia sobre um episódio médico de negligência que deixou dezenas de crianças deficientes nos anos 1970 e 1980.

Em homenagem a Ribondi, morto em junho de 2023, o festival recebe a peça A vida ordinária de Cristina, assinada pelo dramaturgo. No palco, o encontro de uma mãe com a filha trans leva o público para um universo sensível e contemporâneo. "Ribondi foi um grande militante das questões LGBTQI ", lembra Cléber. Além da peça, a homenagem conta ainda com uma exposição de 40 fotos do dramaturgo.

Outro destaque do festival é a estreia de Telaplana, dos Melhores do Mundo, em um teatro. "Eles não estreiam um espetáculo há mais de uma década", lembra Cléber, que se orgulha também de ter conseguido construir uma programação com trabalhos vindos das cinco regiões brasileiras. "Dessa vez, a gente conseguiu alcançar com mais efetividade a democratização, no sentido de acolher espetáculos de todas as regiões do Brasil. Conseguimos fazer uma boa distribuição dentro de um processo de curadoria muito intenso e respeitoso", explica.

 


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