Protagonista em inúmeras receitas, as aves são proteínas leves, saudáveis, versáteis e com custos mais acessíveis, o que explica a popularidade na mesa dos brasileiros. Apesar de ser um alimento comum e de fácil preparo, quando bem feitas, as aves entregam resultados extremamente saborosos, atrativos e que vão muito além do frango convencional.
Com grande índice de consumo, o público brasiliense preza pela qualidade dos produtos. "Na minha visão, em Brasília, o consumo de aves é bem elevado e muito bem aceito, porém, cada dia mais os consumidores procuram saber a procedência e a qualidade dos produtores e restaurantes. Ainda há espaço para o peito de frango grelhado, mas existem outras opções que o brasiliense adora, como a galinha caipira, a codorna e, claro, o pato, que pode ser confitado em cozimento lento em baixa temperatura", diz Tiago Santos, chef de cozinha do Le Jardin Bistrot.
Para Carlitos Apolinário, chef e sócio do restaurante Taypá, as aves são sinônimo de diversidade. "Para a cozinha de um restaurante, receitas com aves podem ser sinônimo de versatilidade e inovação com muitas possibilidades de preparos, como carnes grelhadas, assadas ou cozidas", define.
Apesar da vasta opção de espécies, o frango continua sendo a ave mais popular na culinária brasileira. "O frango, em particular, desfruta de grande popularidade devido à sua pluralidade e acessibilidade financeira, sendo comumente preparado de maneiras diversas, como grelhado, assado ou incorporado a receitas tradicionais locais", ressalta Victor Silva, gerente de restaurantes do Brasil 21.
Lá vem o pato...
Pedacinho da França em Brasília, o Le Jardin Bistrot surgiu da vontade de trazer a essência dos bistrôs de Paris para a cidade. “Nós sentimos a importância de representar a gastronomia francesa em Brasília com um autêntico bistrô parisiense, pois não existem muitos restaurantes realmente franceses em sua culinária e em sua cultura”, relata Tiago Santos, chef de cozinha do restaurante. Para criar sabores à altura da culinária francesa, a casa preza por ingredientes de qualidade. “Aqui não entra margarina, nem molho de tomate industrializado, muito menos conservantes e caldos industrializados. Tudo é feito do zero, com ingredientes de qualidade e paciência”, ressalta o chef. O prato do cardápio que os franceses apreciam e ganhou o coração dos brasilienses é o magret (R$ 92), peito de pato com demi-glace de laranja, laranja supreme, manga, legumes noisette e fritas com mix de ervas.
Sabores do pato
Há pouco mais de dois anos, o Restaurante Manuelzinho está de portas abertas e busca proporcionar uma experiência gastronômica única. O proprietário é Manuelzinho Pires, que foi um dos fundadores do famoso restaurante Antiquarius, no Rio de Janeiro e em Brasília. Um dos diferenciais da casa vai além do cardápio com especialidades portuguesas — o local traz um excelente atendimento aos clientes e é sempre muito elogiado.
No restaurante, o pato à moda da casa (R$ 99) é um dos mais pedidos entre os clientes, perdendo apenas para o tradicional bacalhau. "Em Brasília, os clientes apreciam muito os pratos com aves que, além de serem saborosos, são leves e agradam todos os paladares", comenta o gerente da casa, Jonas Nascimento.
Frango celestial
Com nove anos de trajetória, o restaurante Santo Frango nasceu após o proprietário, Alexandre Viana, largar a advocacia e se dedicar à gastronomia. Hoje, o grande diferencial da casa é a combinação entre o frango e o queijo. "Trabalhamos com frango desossado com vários queijos por cima, parmesão, três queijos, gorgonzola com espinafre e italiano", diz Alexandre.
O carro-chefe do restaurante é o frango desossado com queijo parmesão (R$ 79,90), que acompanha baião de dois com queijo coalho, maionese de batata, polenta, vinagrete com ervas e farofa.
Patinho peruano
Aberto em 2010, o Taypá foi o primeiro restaurante peruano da capital. Um ano após a inauguração, a casa ganhou o reconhecimento do governo do Peru como o “Melhor Peruano no Brasil”. Além disso, a cozinha e os chefs somam diversas premiações nacionais e internacionais. O restaurante imprime no cardápio as novas técnicas da cozinha contemporânea com ingredientes, temperos e especiarias típicas do país andino. Esta alquimia dá origem a pratos marcantes e cheios de personalidade. Um dos destaques da casa é o pato asiático (R$ 120), servido com a coxa de pato ao mel de gengibre, acompanhado por arroz ao curry com aspargos. “Os pratos com aves podem ser opções para quem procura pedidas mais leves para a rotina, além de serem uma alternativa para quem não consome carnes vermelhas, e esses comportamentos estão ganhando cada vez mais adeptos, não só no Brasil, como por todo o mundo”, conta Carlitos Apolinário, chef e sócio do chef Marco Espinoza.
Frangotchê
Inaugurada em setembro de 1987, a Galeteria Gaúcha foi criada por Arnaldo Sonda para ser um ponto de encontro para apreciadores da comida italiana, feita nos moldes do Sul do país. Apesar do fundador do restaurante ter morrido em 2015, a casa funciona sob o comando de Laura Sonda e Cláudia Sonda, que lutam para manter a tradição do pai. A casa opera com o sistema de rodízio de galeto (R$ 58 por pessoa), que disponibiliza galeto, talharim à bolonhesa, maionese, polenta, arroz, salada verde e molho com ervas. “Nosso diferencial é o nosso tempero e a nossa qualidade”, opina Daniele Coelho, operadora de caixa da galeteria.
Primazia do galeto
Em operação desde 2010, a galeteria italiana Lucca, com vista para o Parque da Cidade, tem como missão harmonizar ingredientes locais com técnicas culinárias internacionais, além de fornecer produtos que primam pela qualidade e frescor. “Ao analisarmos a dinâmica alimentar da cidade, percebemos uma conexão significativa com o consumo de aves, especialmente em estabelecimentos dedicados a pratos como galeto”, observa Victor Silva, gerente de restaurantes do Brasil 21. O prato carro-chefe do restaurante é o galeto grelhado regado com molho exclusivo de vinagre com ervas da casa, parte do rodízio (R$ 69). “Essa opção é uma das mais apreciadas, tanto em encontros familiares, quanto em eventos sociais”, afirma Victor.
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